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Leonardo da Bit e Salvador Dall-e: os computadores agora estão fazendo arte

Deve ter acontecido no seu Facebook, Instagram ou Twitter algumas semanas atrás. O avatar daquela colega de trabalho foi substituído por um desenho dela em versão espacial, com capacete e tudo. A foto de perfil daquele amigo virou o que parecia um frame de animação, mas você não se lembra dele protagonizando nada da Pixar. Aquela sua prima que tinha foto na praia exibia o que parecia ser uma pintura vitoriana dela sendo que ninguém na sua família nunca gostou tanto assim de arte.

Foi uma chuva de novos avatares ou postagens em redes sociais, todos apresentando versões em desenho ou pintura de pessoas conhecidas, feitos nos mais variados estilos, mas todos realizados pela mesma artista. Quer dizer, pela mesma inteligência artificial.  

Androides sonham com paletas de cores?

Sim, inteligência artificial. Aplicativos como Lensa e Vana ganharam a atenção das pessoas na internet nas últimas semanas ao utilizarem inteligência artificial para gerar, com o auxílio de fotos do usuário, retratos ao mesmo tempo artísticos e realistas, nos estilos das mais variadas escolas de ilustração.

Mas se a utilização de inteligência artificial na arte já chegou a tal ponto que gera debates sobre a intenção de algumas empresas de substituir artistas humanos por algoritmos e discussões sobre o quanto arte criada por computadores pode realmente ser considerada "artística" e não apenas resultado de uma programação, a maior parte de nós ainda está se perguntando "mas desde quando computador começou a desenhar?".

Aaron, GANS e Dall-E

Ainda que desde Ada Lovelace, a britânica conhecida como "a mãe da ciência da computação" por ter criado o primeiro algoritmo usado no primeiro computador mecânico, já tivesse escrito nos anos 1840 sobre a ideia de usar máquinas para aplicações além dos cálculos, até mesmo para criar arte, foi apenas em 1973 que seus sonhos começaram a se tornar realidade.

Isso porque foi nessa época que o artista Harold Cohen criou "Aaron", um dos primeiros exemplos de máquina capaz de criar imagens de maneira autônoma, através de um algoritmo que permitia que o computador desenhasse com a mesma "irregularidade" que uma mão humana, desde que programado para pintar algum objeto específico. Sua principal limitação? Ele só conseguia produzir em um estilo, o do seu criador, responsável pela sua programação.  

Daí em diante vários passos foram dados, claro. Um dos principais foram as Redes Adversárias Generativas, conhecidas em inglês como "GANs", que também são capazes de gerar imagens autônomas, a partir de duas etapas. A primeira, a generativa, consiste em oferecer para o algoritmo uma base de dados tão ampla sobre um tema específico, por exemplo, "árvore", que ele consiga reconhecer uma árvore e replicar, visualmente, o que seria uma árvore. A segunda, no caso a adversarial, envolveria um segundo algoritmo cuja função seria separar árvores desenhadas por humanos de árvores desenhadas por computadores. Quando o primeiro algoritmo consegue “enganar” o segundo algoritmo, você tem uma imagem de sucesso.

E por fim temos modelos como o DALL-E, que transforma textos em arte através de uma tecnologia conhecida como "modelos de difusão", que destrói e recria imagens em busca de modelos estatísticos que permitam entender os padrões entre elas. Ou seja, quando você digita "dinossauro tomando sorvete de casquinha", o DALL-E irá, a grosso modo, buscar imagens que representem “dinossauros”, “tomar” e “sorvete de casquinha”, encontrar os pontos comuns entre cada uma das imagens temáticas, e tentam replicar visualmente o que, na lógica dele, seria um dinossauro tomando sorvete de casquinha.

Mas e a Petrobras nisso tudo?

Ainda que robôs desenhistas não sejam exatamente a nossa área de atuação, nós estamos sim investindo cada vez mais em inteligência artificial, buscando usar seu potencial para aumentar nossa eficiência e reduzir nossas emissões, sempre no caminho da inovação.

Um bom exemplo disso é o uso da I.A. para controlar a qualidade dos gases provenientes das nossas refinarias, uma inovação batizada de "Smart Tocha" - ou "tocha inteligente", que não apenas queima de maneira segura os excessos gasosos provenientes do processamento de petróleo como contribui para a minimização dos seus efeitos.

Quer saber mais sobre tecnologia e inovação?

Se você também ficou fascinado com as possibilidades da arte gerada por inteligência artificial e quer saber mais sobre como ela funciona, além de conhecer também novas tecnologias, como o 5G, é só conferir a segunda temporada da série "Supertech", que o Manual do Mundo está produzindo em parceria com a gente. Porque se tem tecnologia, se tem inovação, você pode ter certeza que também tem Petrobras.

Leonardo da Bit e Salvador Dall-e: os computadores agora estão fazendo arte

Links interessantes:

Leia sobre o primeiro episódio da nova temporada de SuperTech e acesse o vídeo sobre 5G

Quer entender mais sobre 5G? Clique aqui que a gente explica

 

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