“Música não é mero entretenimento”, nos propõe Felipe Hime, astrônomo, divulgador científico e responsável pelo canal Café e Ciência. Para ele, todas as sociedades da história, em algum momento, se apropriaram dessa linguagem para se situar no mundo, afirmar sua existência e — por que não? — produzir uma forma de arte.
Mas como surgem os ritmos, harmonias e melodias que, ao alcançarem nossos ouvidos, conseguem nos transportar a outros lugares, momentos e estados de espírito? Para responder a essa pergunta, Felipe embarcou em uma jornada pelo conhecimento na companhia da Orquestra Petrobras Sinfônica para descobrir mais a respeito da natureza das ondas e do som.
Primeiramente, Felipe explica que uma onda nada mais é que uma perturbação oscilante que se propaga pelo espaço — e que pode assumir diversas manifestações, como ondas luminosas, sonoras e de rádio. O som, portanto, é o resultado da vibração de moléculas que se propagam em um meio material, como o ar.
O comprimento de onda e a frequência são as características que diferenciam as notas musicais. A amplitude, por sua vez, define o volume do som, ou seja, a energia da onda sonora. Toda essa teoria passa a fazer sentido assim que Felipe traz um osciloscópio para ilustrar o comportamento de cada nota musical.
Felipe levanta ainda uma curiosidade: se a frequência da onda é o que define as notas musicais, por que temos sons diferentes em instrumentos diferentes? Ele explica que isso é o que chamamos de timbre. Ao tocarmos uma nota, uma vibração percorre todo o instrumento, gerando ondas sonoras. Fatores como forma geométrica, densidade, comprimento, largura e material do instrumento influenciam na produção das dessas ondas, as quais interferem entre si e formam o timbre, o som da nota.
Assista ao primeiro vídeo da série para entender melhor a atuação da Física no universo musical: