Dar a volta ao mundo em 80 dias? Se essa missão parecia totalmente inviável no final do século XIX, a ponto de ser uma das viagens extraordinárias da coletânea de livros do escritor francês Júlio Verne, hoje em dia conseguimos realizar o mesmo feito em pouco mais de três dias, considerando as escalas de avião. Nós, seres humanos, somos movidos pela curiosidade, pela vontade de desbravar, de alcançar novos feitos. Queremos ultrapassar limites e transformar o impossível em realidade.
E, assim como pegar um avião e chegar a outro continente em algumas horas, explorar e produzir os reservatórios do pré-sal – que chegam a incríveis 7 mil metros de profundidade – se tornou possível a partir de muita pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.
Foi no campo de Tupi, a cerca de 300 km da costa, onde iniciamos nossa história no pré-sal, quebrando paradigmas e abrindo caminho para uma nova fronteira exploratória. Desde então, acumulamos feitos que refletem nosso protagonismo nessa aventura extraordinária em águas ultraprofundas.
Separamos, aqui, os principais:
1 – A cada segundo, produzimos aproximadamente 11 barris no campo de Tupi
Isso dá mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), em apenas um campo. Tupi é o ativo com maior produção em águas profundas do mundo: responde por cerca de 45% do volume produzido no pré-sal, que já ultrapassa 2,2 milhões de bpd.
Como se não bastasse, você sabia que mais de 70% de todo o petróleo produzido no Brasil vem do pré-sal? Ah, e no tempo em que você levou lendo essa curiosidade, produzimos quase 600 barris.
2 – Chegamos à marca de 2 bilhões de barris de óleo equivalente acumulados em apenas 11 anos
Em pouco mais de 11 anos desde o primeiro óleo, Tupi é o nosso segundo maior campo em produção acumulada. Fica atrás somente de Marlim, campo do pós-sal, que produz há mais de 30 anos e levou aproximadamente 18 anos para atingir os 2 bilhões.
3 – Se o campo de Tupi fosse um país, ficaria na frente de alguns tradicionais produtores de petróleo em um ranking mundial
A produção média colocaria o campo de Tupi em 21º lugar entre os maiores produtores de petróleo, à frente de países como Omã e Venezuela. E o pré-sal estaria ainda mais pra cima nesse ranking, chegando ao 11º lugar, acima da Nigéria.
E o motivo para isso é simples: mais de 25% da produção global em águas profundas e ultraprofundas vem do pré-sal. Para fazer essas comparações, usamos dados referentes à 2019.
4 – Para identificar as riquezas, até então desconhecidas, que se encontravam abaixo do subsolo marítimo , realizamos na Bacia de Santos o maior levantamento sísmico 3D da época
Foram mais de 20 mil km² mapeados em quatro anos, o equivalente ao território da Eslovênia ou duas vezes a área do Líbano.
5 – Intensidade define o ritmo de instalação dos sistemas de produção em Tupi, com uma média de uma unidade por ano
Mais do que a plataforma, parte mais visível das nossas operações offshore, instalar um sistema de produção completo requer a construção e completação de diversos poços, além da interligação de vários quilômetros de linhas submarinas.
Abaixo da linha d’água, estão instalados pelo campo de Tupi 117 poços, entre produtos e injetores de água ou gás, e 2.205 km de linhas submarinas, como risers, flowlines e umbilicais. Tudo isso conectado às nove plataformas que atualmente produzem em Tupi – a primeira delas chegou lá apenas quatro anos após a descoberta do campo.
6 – Os poços de Tupi são construídos num ritmo três vezes mais rápido do que no início das operações - o que se traduz em economia de milhões de dólares
Tudo isso graças à evolução do conhecimento no pré-sal, da aplicação das mais modernas tecnologias, além da padronização de equipamentos submarinos e dutos flexíveis, entre outros avanços.
7 – Ir aonde ninguém havia ido demandou o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, que nos renderam o principal prêmio da indústria offshore de petróleo
Recebemos, em 2015, o prêmio Distinguished Achievement Award da Offshore Technology Conference (OTC) pelo conjunto de 10 tecnologias aplicadas em condições únicas no polo pré-sal da Bacia de Santos, um feito inédito na indústria. Dessas, nove foram utilizadas em Tupi.
E é nesse mesmo campo em que continuamos a nossa jornada de desenvolvimento apoiado por tecnologias, desta vez com o projeto de digital twins (gêmeos digitais), que começa a ser utilizado na P-66.
8 – Mais do que a história da Petrobras, o Tupi marcou a história do Brasil
Tamanha produção, com altos volumes diários no campo de Tupi, possibilitou a distribuição de mais de R$ 100 bilhões de royalties e participação especial de 2010 a 2019.
9 – Nossa história extraordinária no campo de Tupi só começou, com apenas 5% da jazida produzida até o momento
Parece que aconteceu ontem, mas já faz 20 anos que adquirimos o bloco BM-S-11, onde está Tupi, em regime de concessão e em parceria com a Petrogal e Shell.
E iremos muito além: se levarmos em conta que apenas 5% do reservatório foi produzido, ainda há muito potencial pela frente. Pelas nossas projeções, Tupi seguirá como o campo mais produtivo do Brasil nos próximos anos.
Mais que ponto de partida da produção do pré-sal, Tupi foi o motor de seu desenvolvimento e o laboratório a céu aberto de inovações que permitiram avanços inéditos nessa província. Graças a Tupi, alcançamos patamares inéditos de produção, quebramos recorde atrás de recorde e deixamos um legado sem precedentes para a indústria.
Foi com o aprendizado acumulado nesse ativo, que hoje conseguimos desenvolver outros campos do pré-sal como Búzios e Mero – num cenário que se mostra promissor, cheio de novas oportunidades.