A mobilidade do futuro prevista em filmes e obras de ficção científica já virou realidade. De olho nessa tendência, estamos abrindo caminho para explorar novas fronteiras tecnológicas que combinem eficiência e sustentabilidade.
Foi assim que colocamos em operação o piloto do primeiro modelo de carro autônomo para transporte de pessoas e cargas dentro das nossas unidades operacionais. Somos a primeira empresa de energia do país a usar essa tecnologia, o que representa um passo importante dentro da nossa jornada de transformação digital e modernização.
O veículo autônomo é um tipo de transporte inteligente que dispensa os comandos do motorista. Ele já está em fase de testes em nosso Centro de Pesquisas e Inovação (Cenpes). Nessa etapa, estão sendo avaliados os possíveis cenários para a utilização desse transporte intramuros na Companhia. Por exemplo, qual a capacidade que o carro autônomo tem de sair de um ponto A e chegar ao ponto B com segurança, desviando de eventuais obstáculos comuns em um ambiente industrial?
A tecnologia aplicada ao veículo reúne inteligência artificial, machine learning e sensores de superfície 3D (veja quadro abaixo) e foi desenvolvida pela startup parceira Lume Robotics (criada por estudiosos do Laboratório de Computação de Alto Desempenho da Universidade Federal do Espírito Santo-UFES). Depois de concluída a fase de testes, começaremos os projetos-pilotos de implantação nas unidades Petrobras, em especial refinarias e armazéns.
Mais ganhos e menos riscos
O desenvolvimento do projeto do carro autônomo é fruto do esforço de buscar inovações que contribuam para a melhoria da mobilidade, que hoje impacta as operações da companhia, e para a prevenção de acidentes.
“Quando a gente reduz a necessidade de um colaborador estar presente na operação, a gente deixa de expô-lo a risco. Essa foi uma das motivações para desenvolvermos o carro autônomo. Como ocorre nas atividades de offshore, que utilizamos robôs para evitar a presença humana em operações mais arriscadas, queremos fazer com o carro autônomo. Em relação ao transporte de passageiros, o risco também será reduzido porque se ocorrer alguma falha no sistema, o veículo irá parar ”, explica o engenheiro Carlos Speglich (CENPES/PDIDP), um dos participantes do projeto.
A aposta da parceria com a Lume é comprovar a capacidade necessária para garantir o maior número possível de veículos circulando dentro da companhia de forma autônoma. E a expectativa é de que alguns modelos dessa frota sejam elétricos, a exemplo do carro em teste hoje no Cenpes, o que será um ganho também para as metas e compromissos de sustentabilidade da Companhia, dada a baixa emissão de CO2.
Empilhadeiras autônomas elétricas
Uma vez aprovada, a Petrobras prevê o uso da tecnologia em vans, micro-ônibus caminhões e até empilhadeiras. Empresas de outros setores como mineração, celulose e até aeronáutica, que têm grandes instalações físicas com intenso tráfego de pessoas e cargas, também estudam a adoção desse tipo de tecnologia em suas atividades.