Não é mais fruto da imaginação ou produto de ficção: os robôs já estão entre nós, dominando espaços e facilitando a vida em diversos aspectos. Braços robóticos estão presentes não apenas em fábricas para melhorar o desempenho da indústria, como também em foguetes no espaço, permitindo a execução de atividades de forma mais precisa e segura.
Estão, ainda, em sistemas totalmente integrados que possibilitam, com apenas um toque no celular, controlar as lâmpadas dos cômodos e todos os equipamentos eletrônicos, tornando qualquer casa mais inclusiva.
Diante de todas as essas oportunidades, por que então não incorporarmos essas soluções em nossas atividades? Pensando nisso, reunimos um time de experts dedicado a explorar e trocar experiências sobre tecnologias robóticas de mercado e em desenvolvimento - que possam fazer a diferença em nossas operações. Funciona como uma oficina virtual, que não só identifica as melhores práticas como também acelera sua aplicação.
Polivalência sem limites
As soluções em estudo são diversas. São robôs que “caminham” nas refinarias coletando dados e identificando vazamentos de gás e corrosão em equipamentos, além de drones com câmeras termográficas para identificar “pontos quentes” –que consistem em equipamentos que perderam seu isolamento térmico e estão esquentando mais do que deveriam.
Essa lista vai longe. Temos também robôs capazes de pintar áreas verticais de até 2.500 metros quadrados, reduzindo a exposição do homem ao risco, além de dobrar a produtividade.
Como se não bastasse, ainda estudamos a aplicação de scanners capazes de criar uma planta 3D com as dimensões reais iguais às da refinaria, facilitando o planejamento de intervenções de manutenção. Esses são apenas alguns exemplos de oportunidades que implantaremos ainda neste ano em nossas atividades de refino.
Inspeções por drones
Muito usados para captar imagens aéreas e, mais recentemente, até para entregar compras, os drones serão muito úteis para as chamadas “rondas operacionais” nas unidades. Equipados com câmeras capazes de produzir imagens de alta definição, podem ser utilizados para inspecionar equipamentos, já que as refinarias têm, além de uma área externa muito extensa, torres e tanques com alturas elevadas e de difícil acesso para os técnicos.
Outra facilidade é que os drones podem ser equipados com câmeras e sensores termográficos, permitindo identificar se a temperatura dos equipamentos está adequada, além de informações sobre os queimadores das tochas que fazem parte do sistema de segurança nas refinarias – conhecidas como flares.
Como as imagens podem ser transmitidas para os operadores em terra em tempo real, seu uso aumenta a agilidade de nossos processos, tornando a atividade mais rápida e, principalmente, mais segura, com as correções de possíveis desvios de forma quase imediata.
Tanques enormes
Imagine a dificuldade para inspecionar um tanque de armazenamento de petróleo que tem uma altura superior a 14 metros, 83 metros de diâmetro e capacidade total de 80 mil metros cúbicos - volume capaz de encher 32 piscinas olímpicas com medidas oficiais (50mx25m).
Para fazer uma inspeção interna buscando observar a integridade do equipamento e seu grau de corrosão, um profissional com uma roupa especial e munido de uma lanterna monta um andaime dentro do tanque. É uma operação delicada e que pode levar vários dias.
Com o uso de um drone, o trabalho fica mais fácil, não sendo preciso montar estruturas e prevendo menos recursos para fazer as verificações. Além da rapidez na execução do serviço, o drone tem sua própria iluminação e não precisa de preparação especial.
Planta 3D
Recriar toda a refinaria na tela do computador permitindo o planejamento de uma intervenção de manutenção muito mais precisa. Com um scanner 3D, podemos reproduzir em modelo digital uma unidade de forma bem realista a partir do mapeamento das dimensões de ambientes e objetos a partir de sensores de laser.
Fazendo disparos em alta frequência, o scanner coleta uma grande massa de dados, chamada também de nuvem de pontos, e capta detalhes do ambiente que permitem a reconstrução 3D.
Atualmente, para realizar o planejamento de uma intervenção, é necessário ir ao campo. Com a nova tecnologia, poderemos visualizar a unidade na tela, como se fosse o Google Street View, recurso que disponibiliza vistas panorâmicas reais.