Inovação

Conheça mulheres que ajudaram a mudar os rumos da ciência

Por mais que não tenha sido uma jornada fácil - elas só passaram a ter acesso ao ensino superior no Brasil quase 100 anos depois dele ser permitido aos homens - as mulheres hoje representam não apenas a maioria dos estudantes matriculados no ensino superior como também 50% da produção científica nacional e quase 60% das pessoas que recebem bolsas de iniciação científica no país.

Não que não exista um longo caminho pela frente, claro, já que o número de mulheres nas posições de gestão, seja em ambientes profissionais ou acadêmicos ainda é muito baixo em relação a sua presença dentro do mercado profissional. Mas apesar das dificuldades, do preconceito e da falta de reconhecimento, são inúmeras as histórias de mulheres que mudaram a história da ciência, deixando legados indispensáveis para a sociedade em que vivemos.

Pioneiras, inventoras e desbravadoras

Mulheres como Katherine Johnson, matemática que trabalhou na NASA durante as primeiras viagens espaciais, quando não existiam computadores e equações eram resolvidas manualmente. Parte de uma equipe de pesquisadoras negras essencial para a chegada do homem na lua, teve sua história contada no filme "Estrelas além do tempo", mostrando como diversas contribuições femininas foram subestimadas e apagadas, em muitos casos só sendo recentemente reconhecidas pela história da ciência.

Ou mulheres como Hedy Lamarr, nascida na Aústria, que se tornou primeiro famosa como atriz durante a era de ouro de Hollywood, ao atuar em filmes como "Sansão e Dalia" e "Naufrágio de uma ilusão" mas viria a contribuir também no campo científico, ao idealizar a invenção de um sistema para guiar mísseis, que viria a se tornar a base para tecnologias atuais como o Bluetooth, GPS e o Wi-Fi.

Isso entre tantas outras, que vão desde Ada Lovelace, a britânica nascida em 1815 e considerada a primeira programadora de computadores do mundo e Marie Curie, a física e química polonesa pioneira no estudo da radioatividade até Marie Maynard Daly, primeira mulher negra a se tornar PHD em química nos Estados Unidos e Valentina Tereshkova, a primeira mulher a tripular uma viagem espacial, entre tantas outras.

Brasileiras que fizeram história

E o Brasil, obviamente, também tem sua cota de grandes nomes femininos nas ciências.

Bertha Lutz, considerada uma das maiores biólogas da história do país, se especializou em zoologia e estudo de anfíbios, mas também deu importantes contribuições no campo da educação, além de participar ativamente da luta pelo voto feminino e também integrar a Conferência de São Francisco, responsável pela criação da Organização das Nações Unidas (ONU)

Ou Enedina Alves Marques, nascida em ambiente humilde no ano de 1913 e primeira engenheira negra do Brasil, se especializando na área hidráulica e sendo uma das principais responsáveis pela Usina Capivari-Cachoeira, construída para geração de energia no estado do Paraná durante os anos 60.

E vários outros nomes, claro. Elisa Frota Pessoa, segunda mulher a se formar em física no Brasil, em 1942, e fundadora do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas; Elza Furtado Gomide, primeira doutora em matemática pela USP; e exemplos mais recentes, como Jaqueline Goes de Jesus, doutora em patologia humana e experimental, cuja equipe identificou o genoma do novo coronavírus 48 horas após a confirmação do primeiro caso no Brasil quando o tempo médio para esse tipo de trabalho era de 15 dias.

Na Petrobras também temos nossos exemplos, como a doutora (PHD) em engenharia Metalúrgica e de Materiais, Márcia Cristina Khalil de Oliveira, uma profissional com 18 patentes registradas e autoria ou co-autoria na redação de livros e mais de 50 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais. Profissional com 17 anos de companhia que foi, em 2022, uma das seis pesquisadoras homenageadas na segunda edição do Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química.

Muito já mudou, mas ainda há muito para mudar

E foi para incentivar mais histórias como essas que a Assembleia das Nações Unidas, em 2015, instituiu o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado no dia 11 de fevereiro, como um lembrete de todas as contribuições que as mulheres ofereceram e seguem oferecendo para o desenvolvimento científico, assim como para incentivar o ingresso de mais e mais meninas nesses campos de estudo. 

Nós da Petrobras buscamos fazer a nossa parte, não apenas reconhecendo o trabalho de mulheres cientistas como investindo em tecnologia e incentivando todo o ecossistema de inovação brasileiro, gerando oportunidades para que mais mulheres brilhantes possam deixar sua marca no mundo. 

#mulherescientistas #Ciência
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