A gente acredita na força da inovação para promover transformações positivas no setor. Por isso, apostamos no desenvolvimento de uma nova geração de plataformas próprias - com maior potencial de produção e tecnologias inovadoras – capazes de processar até 180 mil barris de petróleo e 7,2 milhões de m3. Um volume compatível com a produção crescente do campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos – maior campo de águas profundas do mundo.

E, em paralelo ao projeto de plataformas próprias de 180 mil bpd, estamos contratando - com a mesma abordagem de inovação - aquela que será a maior unidade para águas ultraprofundas da indústria offshore na costa brasileira: um modelo inédito de plataforma, capaz produzir até 225 mil barris de petróleo por dia.

Características das plataformas do futuro

Sistemas de produção com soluções ainda mais amigáveis ao meio ambiente, capacidade maior para produzir e estocar, incorporando as experiências das unidades já em operação, com transformação digital tanto na elaboração do projeto quanto na própria unidade. Esses são os destaques que vão compor a nova geração de FPSOs. E, para isso, a escolha do campo de Búzios como caso base para o pré-sal foi fundamental. Devido a sua complexidade, que envolve grandes pressões, contaminantes no gás e a necessidade de um projeto mais robusto para atender à alta produtividade por poço do campo, Búzios tem o cenário ideal para que nossas equipes busquem combinar eficiência com inovação.

O ineditismo do projeto não está só na unidade em si, mas nas condições em que ela vai operar, que combinam alta capacidade de produção, teores de contaminantes no gás e a profundidade dos poços. Não é apenas uma plataforma com maior produção de óleo; ela vai atender a uma condição extremamente desafiadora para a produção. Será mais fácil depois adaptar um projeto desse campo para outros do que o contrário.

Novas tecnologias e soluções

A transformação digital será peça chave na busca por maior eficiência. A utilização de dados para subsidiar processos e tomadas de decisão é uma das soluções para otimizar o cronograma. Tudo que pudermos fazer de forma automática, com algoritmos e inteligência artificial, vai nos ajudar a ser mais rápidos na adaptação do projeto, além de criar uma plataforma muito mais segura e simples de operar. Com o monitoramento de informações também poderemos antecipar cenários por meio de inteligência artificial otimizando etapas como, por exemplo, manutenções preventivas.

Quase 40% do peso das plantas estão associados ao tratamento do gás, por isto, encontrar soluções para a remoção de contaminantes no gás é um dos pontos principais para deixar a plataforma mais leve e menos complexa.

As tecnologias levarão em conta também nossas metas de redução dos índices de emissões. Além do flare fechado, equipamento que permite a reutilização do gás produzido, sem queima, também estamos fazendo melhor aproveitamento do gás dos vents, de forma a reaproveitá-lo ao invés de irem para a atmosfera.

Lições aprendidas

Uma das bases do projeto é a consolidação de aprendizado. Olhamos o passado, avaliamos o que estava dando certo e melhoramos o que precisava ser aprimorado. Não fizemos inovação por inovação. Se existe uma solução que dá certo, vamos padronizar. E sempre fazendo um balanço da relação custo e benefício, o que gera valor.

Entre os muitos ganhos da padronização, está a resolução de problemas em um prazo menor. Quando todas as plataformas partem do mesmo projeto, ao resolver uma questão na primeira unidade, é possível replicar a solução em outras. Por isso, se a primeira plataforma precisou de alguns ajustes, as seguintes já entrarão em operação com maior eficiência. Tudo que dá certo é reaproveitado.

Ganhos futuros

A padronização traz aumento de eficiência. E nossa capacidade técnica nos permite agilizar este processo. Esperamos fazer em seis meses o que levaríamos 12 e, para isso, estamos desenvolvendo ferramentas que reduzirão o prazo para a elaboração do projeto, uma vez que já partiremos de um referencial. Só será preciso fazer adaptações de acordo com as características de cada campo. Com isso, nossas unidades poderão começar a operar em menos tempo, sem perder o foco na qualidade.

A nova geração de FPSOs vai contribuir, na medida em que terão seus prazos de projeto e construção reduzidos, para termos alta eficiência e retorno, sem esquecer o padrão de segurança da companhia e de nosso compromisso com a redução de emissões. Primeiro em Búzios; e depois podem ser usados em outros campos.