Tecnologia

Games e negócios: Como jogos virtuais podem potencializar resultados

Saiba como o universo lúdico dos games pode fazer a diferença no dia a dia de trabalho

Quando a gente pensa no universo dos games, um dos filmes que vem à mente é o “Jogador Número 1”, de Steven Spielberg. A obra levou para as telas a história de um adolescente que vive em um futuro distópico – e que prefere a realidade virtual do jogo ao mundo real. A narrativa faz o expectador mergulhar no universo lúdico dos games, sendo convidado a embarcar numa jornada de aventura e desafios.

Mas quem acha que os games se limitam a um passatempo superficial está enganado. Os jogos virtuais já fazem parte da rotina de muitas empresas e podem, sim, ser aliados poderosos para potencializar resultados - e trazer eficiência. Podem ser usados, inclusive, como ferramentas de simulação de operações de risco em ambientes de realidade virtual.

Movidos por esse objetivo, nossa equipe de especialistas da nossa Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UN-BC) desenvolveu, em parceria com a PUC-Rio, um game inédito para capacitar profissionais em prevenção de acidentes. O jogo virtual funciona como um recurso pedagógico eficiente em que a lógica, as regras e o design dos jogos são usados para tornar o aprendizado mais atrativo e motivador.

Diversão? Sim. Mas com um claro propósito corporativo.Os testes desse game já estão acontecendo – e a previsão é que o jogo comece a ser utilizado até o fim do ano nas unidades da Bacia de Campos, para depois ser estendido a toda a companhia.

 

Foco em prevenção de acidentes

A ideia é ampliar, de forma lúdica, a competência de percepção de risco das pessoas e treinar o profissional para identificar perigos no seu ambiente de trabalho. Assim, quando chegar ao local real de trabalho, o que foi verificado no jogo estará tão vívido em sua mente, que ele vai identificar logo ao se deparar com um possível desvio.

Quando estiver em plena operação, a expectativa é que o game aumente a eficiência de nossas atividades, contribua para evitar acidentes e, dessa forma, reduza substancialmente os custos operacionais.

Para você entender um pouco mais desse universo, conheça 4 curiosidades sobre o game que desenvolvemos:

 

1. Simulação virtual de riscos

O jogo busca exercitar a capacidade do profissional para perceber desvios e evitar acidentes antes de ter contato real com situações de risco. Ao transportar o colaborador para dentro da planta de trabalho reproduzida no ambiente virtual, ele pode aprender, com a simulação, sem estar exposto ao risco.

Outra vantagem é poder treinar um técnico em uma atividade antes de efetivamente embarcar para fazer o serviço, o que permite avaliar não só a percepção de risco do profissional, mas também identificar as habilidades específicas de cada um.

 

2. Inspiração nas simulações espaciais

O espírito de competição gerado pelo jogo pode trazer aprendizado, assim como maior interação entre as equipes. Ao final do jogo, cada profissional ganha um total de pontos, gerando uma tabela dos melhores jogadores da equipe. Também é possível criar fases, com vários níveis de dificuldade, bônus e várias outras características típicas de games.

O uso de simulação para aprendizado é um recurso utilizado para treinar pilotos de avião e astronautas. A Nasa, por exemplo, utiliza realidade virtual para fazer simulação de reparo em estação espacial. Em um ambiente onde a gravidade é zero, são fornecidos óculos 3D aos astronautas – além de ferramentas especiais com o peso que teriam no espaço para que um reparo seja executado.

 

3. Reprodução de ambientes reais

Para elaborar o jogo, a primeira etapa é captar as imagens do ambiente real por meio de um registro da unidade em 360 graus. A partir das informações registradas em um sistema integrado da companhia para tratamento de anomalias, está sendo criada, na ferramenta, uma biblioteca básica de desvios já existentes.

Os designers reproduzem, no ambiente virtual, situações que podem ocorrer em qualquer cenário ou unidade, permitindo que o game possa ser utilizado por toda companhia.

 

4. Uso de óculos 3D

Para tornar a simulação ainda mais real, podem ser usados óculos 3D, criando para o colaborador a sensação de entrar na unidade. Além de tornar o exercício mais verossímil, os óculos mapeiam a angulação do globo ocular, mostrando para onde efetivamente a pessoa olhou durante o treinamento.

“Com a tecnologia de rastreamento do globo ocular presente nos óculos de realidade virtual, podemos, por meio do algoritmo, evidenciar se um colaborador possui ou não percepção do risco”, aponta Eduardo Nascimento.

 

Série Bacia de Campos

Esse é mais um capítulo da nossa série de conteúdos sobre o futuro da Bacia de Campos, polo de inovações em águas profundas que projetou a Petrobras internacionalmente e lançou as bases tecnológicas para a descoberta do pré-sal. Conheça os novos projetos de produção, inovação e investimentos que estão no radar

da Petrobras e saiba por que essa região continuará sendo estratégica para o setor offshore por muitos anos.

 

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