Este conteúdo faz parte de uma série que apresenta quatro temas que foram destaque na participação da Petrobras na Offshore Technology Conference (OTC) 2019.
Uma área que corresponde a três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro, com reservatórios com poucos análogos no mundo: ultraprofundos, de alta pressão e com grande presença de gás carbônico (CO2) associado. Além disso, com profundidade final em torno de 7.000 metros abaixo do nível do mar e espessas camadas de sal. E tudo isso a uma distância de 300 km da costa, exigindo grande desafio à logística para exportar a produção. Foi nesse ambiente atípico e complexo que identificamos os reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos: um horizonte geológico para o qual não havia comparação até então na indústria.
Nossa gerente da área de Águas Ultraprofundas, Milena Maciel, explica:
O conhecimento acumulado no desenvolvimento da Bacia de Campos e a nossa capacidade técnica, excelência e experiência em exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas permitiram que criássemos estratégias para o desenvolvimento dessa área.
Foi assim que, em 10 anos, completados em junho deste ano, alcançamos uma produção diária de cerca de 2 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em mais de 150 poços em operação, e instalamos 17 unidades de produção na área, o que corresponde a cerca de uma unidade e meia por ano.
E ainda, graças às tecnologias pioneiras que desenvolvemos, conquistamos em 2015 o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, considerado o mais importante reconhecimento da área offshore na indústria do petróleo. “Para tornar viável a produção desses grandes reservatórios, desenvolvemos dez tecnologias inovadoras que contribuíram, cada uma em sua especialidade, para avançarmos no pré-sal”, afirma o gerente Thiago Pessoa, da área de Águas Ultraprofundas, que cita números dos sistemas de produção que impressionam por seu gigantismo: são 1.000 km de linhas de ancoragem, 115 km de dutos abaixo do mar e US$ 5 a 6 bilhões de investimento.
Instalaremos até 2023 sete novos sistemas de produção na camada pré-sal. Para isso, contamos com uma metodologia de modelagem geológica aprimorada, nosso aprendizado de perfuração de poços, o uso de estratégias de mitigação de risco já provadas em nossos projetos, além das estratégias de gerenciamento da produção que, aliadas à nossa experiência operacional, foram testadas e aperfeiçoadas ao longo dos anos. Milena Maciel finaliza:
Lidaremos com lâminas d´água ainda maiores: acima de 2.500 metros, campos sobrepressurizados e teremos necessidade de gerenciamento do gás que exigirá a implantação de uma estratégia para maximizar o valor e mitigar os riscos no desenvolvimento do que parece ser uma nova fronteira.
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