Sim, a gente sabe que o que importa é o seu carro continuar se movendo e o ônibus não parar de andar. Afinal, você quer chegar aos lugares, não é mesmo? Sabemos como é importante o mundo em constante movimento — embora em menor grau neste momento por conta da pandemia. 
 
Mas todos sabemos também que para as coisas se moverem elas precisam de energia, né? E essa energia hoje é suprida em grande escala pelos combustíveis. Então a gente resolveu trazer algumas curiosidades sobre esses combustíveis que colocam as coisas do mundo em movimento — e que fazem a nossa vida rodar — e onde eles são produzidos.
 
Um combustível é um produto fruto de uma longa jornada de desenvolvimento tecnológico. E essa jornada está em constante evolução, constante aprimoramento. As refinarias — que são os lugares onde os combustíveis são produzidos ou "refinados" (daí o nome) a partir do petróleo bruto, também vêm passando por um processo intenso de aprimoramento e modernização para que consigam oferecer sempre o que há de mais atual em produção de combustíveis para todos nós. Afinal, como tudo na vida, elas também precisam estar em constante movimento. 
 
Um dos aspectos em que essas refinarias vêm evoluindo muito é a flexibilidade. Hoje as refinarias vêm sendo modernizadas para conseguirem produzir uma gama muito maior de derivados. Isso quer dizer mais versatilidade e alto poder de adaptação para as realidades do mercado — que exigem essa diversidade e também qualidade em cada produto.
 
Para que tudo isso aconteça de forma estruturada e eficiente é necessária a participação de diversos atores, como o nosso próprio Centro de Pesquisas, mas também de fornecedores, parceiros e montadoras. É uma troca constante de conhecimento, inovações, além dos anseios e necessidades a serem atendidas.
 
E o que fica no final do dia para você? Primeiro de tudo, mais qualidade. Combustíveis melhores, compatíveis com a evolução dos motores e veículos. Que poluam menos. Mais eficientes. Que tragam melhor rendimento. Provocam menos desgaste. Que contribuem inclusive para o aumento da eficiência energética dos veículos, reduzindo o consumo. Onde a gente segue constantemente ajustando a capacidade de resposta às necessidades do mercado. Atualmente, por exemplo, todas as nossas plantas de refino estão aptas a produzir a gasolina com uma nova especificação que entra em vigor agora.
 
Afinal, um combustível precisa cumprir o papel de fazer com que o motor de seu carro tenha um bom desempenho nas mais diferentes condições – tanto em um engarrafamento numa ladeira em pleno verão ou na partida em uma manhã de inverno. 

Conheça os principais avanços para que as refinarias produzam combustíveis de melhor qualidade, melhor desempenho e menos poluentes
 
1. Produtos de faixas de destilação mais leve
São utilizadas tecnologias para acelerar as reações químicas e gerar produtos de faixas de destilação mais leve, através de catalisadores e fracionamento de produtos. Mas o que isso quer dizer? O nome parece assustador, mas é bem curioso entender. A unidade de “craqueamento catalítico” — uma parte do processo — é o local onde produtos pesados são convertidos em produtos mais leves, como a gasolina e o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).u 

2. Produtos mais íntegros
Um investimento importante que fizemos foi a implantação de unidades de hidrodessulfurização (processo para retirada de enxofre) da gasolina. Implantadas pela Petrobras, a partir de tecnologia desenvolvida por empresas parceiras internacionais e pelo próprio Cenpes, as unidades fazem uma “hidrogenação seletiva” – ou seja, retiram o enxofre sem alterar as demais propriedades da gasolina, um desafio imenso para a indústria do petróleo.
 
A redução de enxofre é importante para permitir a aplicação de tecnologias nos motores que reduzam as emissões veiculares que impactam o efeito estufa e chuva ácida, refletindo em melhora na qualidade de vida de toda população.
  
3. Produtos mais eficientes
Outra frente de inovação foram as unidades de reforma catalítica. Sua função é agregar à gasolina maior octanagem (propriedade necessária para uso de motores de alto desempenho). Sua implantação também contribuiu para o aumento da densidade da gasolina, que, por sua vez, aumenta a autonomia do carro em quilômetros por litro, reduzindo o seu consumo.