Em 2020, de acordo com o levantamento do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos PMP-BS, executado pela Petrobras para atendimento de condicionante ambiental exigida pelo IBAMA, o número de pinguins na costa do Brasil passou de 5 mil (saiba mais aqui). Muitos desses animais chegam debilitados, necessitando de uma série de tratamentos antes de poderem retornar à natureza.
Um destes tratamentos, que vem sendo colocado em prática pelo Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha da Universidade Federal do Paraná, é uso de uma espécie de “chinelo” pelos pinguins. O objetivo do acessório é evitar doenças nos pés, as chamadas pododermatites, causadas por longos períodos fora da água, que ocorrem durante a reabilitação.
“Alguns pinguins chegam extremamente debilitados e demandam mais tempo para aprenderem a comer e a nadar sozinhos novamente. Por isso, fazemos alguns testes para reduzir as consequências de longos períodos em cativeiro. Um deles é essa espécie de “chinelinho”, que deixa os pés dos pinguins mais fofinhos quando estão fora da água”, explica a bióloga Camila Domit, coordenadora do Trecho 6 do PMP-BS. Os resultados deste tratamento têm sido positivos (pra eles e pra nós, que podemos contar com essas imagens fofíssimas)!
Os pinguins de chinelo estão em tratamento desde setembro e outubro, tendo chegado ao litoral paranaense após o término do inverno. Como estavam mais debilitados, precisarão de tratamento intensivo e devem passar um período ainda mais longo em cativeiro. Desejamos a total recuperação dos pinguinzinhos!