Com apenas 17 anos, a paraense Francielly Barbosa chamou atenção da comunidade científica ao propor um destino inovador para o caroço de açaí, fruto típico de sua região.
Tudo começou quando a jovem, questionando algo que faz parte de seu dia a dia e que normalmente é tratado como resíduo, iniciou uma jornada que a levaria a inventar um tijolo sustentável, feito a partir de argila e de sementes carbonizadas do açaí. Acessível e seguro, o tijolo se mostrou eficaz para aterro e construção na região amazônica.
A pesquisa da jovem cientista conquistou dez premiações na última edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), que há 15 anos promove a criatividade e a reflexão em estudantes da educação básica. Através do desenvolvimento de projetos com fundamento científico nas diferentes áreas das ciências e engenharia, ela revela talentos promissores para o país.
Do estado do Pará para o mundo
Natural de Moju, no estado do Pará, Francielly conta que a oportunidade de viajar e conhecer outros lugares, como a capital paulista, o Rio de Janeiro e Boston, nos Estados Unidos, foram alguns dos sonhos que ela já conseguiu realizar em razão de sua paixão pela ciência. Pensando no seu caminho até aqui, Francielly reforça como a curiosidade está presente em tudo o que faz:
“A curiosidade é o primeiro passo para se inventar qualquer coisa. É quando você se desafia a descobrir algo novo e é o que me motiva nessa jornada pelo conhecimento. Uma coisa vai levando a outra. Quando o professor ensina uma fórmula, por exemplo, quero saber quem inventou aquela fórmula, quando, para que ela serve, qual a aplicação prática na minha vida. Não basta seguir a tabela de estudos e não se propor a fazer algo diferente. É preciso não ser apenas um robozinho, mas saber fazer o robozinho.”
Após conhecer o nosso Centro de Pesquisas e universidades que estão entre as mais renomadas do mundo, como o Massachussetts Institute of Technology (MIT), ela deixa seu recado:
“Ao me deparar com todos aqueles materiais no Centro de Pesquisas e os estudos com microalgas, que eu nem sabia que existiam, vi como é possível realmente alcançar esses lugares. E existem mulheres lá trabalhando que são fortes, que coordenam, que pesquisam e se desafiam. Foi emocionante demais. Me aguardem!”
Conheça um pouco mais sobre essa promissora cientista: