Os albatrozes são aves oceânicas que planam por meses graças a envergadura de suas asas que pode chegar a 3,5 metros. A vida em alto mar tem lá suas intempéries e conservar as espécies de albatrozes, algumas em extinção, requer dedicação. Para contribuir com a conservação da biodiversidade marinha investimos em produção de conhecimento e parcerias com organizações privadas sem fins lucrativos.
Patrocinamos projetos que trabalham em diversas frentes, como pesquisas científicas e ações em educação ambiental, para conservar mais de 60 espécies marinhas ameaçadas de extinção no Brasil. Apenas 6 desses projetos já envolveram mais de 9 milhões de pessoas em ações de sensibilização e educação ambiental, produziram mais de 720 publicações técnicas e científicas, apoiaram a elaboração e execução de seis Planos de Ação Nacionais de conservação e participaram de mais de 2 mil fóruns nacionais e internacionais para proteção das espécies ameaçadas.
Conheça a seguir 6 das inovações científicas desses projetos:
Albatroz
Albatrozes são aves oceânicas que passam a maior parte da vida viajando grandes distâncias, o que dificulta a coleta de amostras. Pensando nisso, o Projeto Albatroz, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE) e a R3 Animal criaram um novo site para o Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP). O portal oferece um diretório para centralizar amostras das aves, facilitando a inclusão e a difusão das informações pelos pesquisadores. Hoje o banco conta com mais de quatro mil amostras, entre sangue, órgãos, ossos, pele, penas e diversos outros tecidos.
Coral Vivo
O Projeto Coral Vivo recentemente instalou ARMS (Autonomous Reef Monitoring Structures ou estruturas autônomas de monitoramento de corais) no litoral de São Paulo. Em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, a equipe implantou uma estrutura que permite a colonização por parte de organismos que habitam o fundo dos mares. Eventualmente essa estrutura será recuperada e, através de múltiplas técnicas de laboratório, a biodiversidade da fauna críptica (organismos pequenos que vivem escondidos na estrutura dos recifes) será avaliada.
Golfinho Rotador
O Projeto Golfinho Rotador de Noronha desenvolveu a técnica de coleta de amostra de pele de golfinhos sem a necessidade de capturar os animais, lançar dardos ou outro tipo de técnica invasiva. Com o uso de bastões de madeiras com um pedaço de esponja, os pesquisadores acompanham os golfinhos em uma pequena embarcação e, após escolher o indivíduo, coletam a amostra de pele com uma rápida passagem do bastão no dorso do animal.
Meros
O Projeto Meros do Brasil tem utilizado a telemetria acústica, que consiste em marcadores (tags) sônicos implantados nos animais, com a finalidade de emitir sinais sonoros que são detectados por receptores instalados em pontos determinados previamente. Tal metodologia permite a leitura comportamental de indivíduos marcados quando se encontram em um raio de até 600 metros dos receptores.
Baleia Jubarte
Em Abrolhos, o Projeto Baleia Jubarte tem utilizado a bioacústica, uma ciência que combina a biologia e a acústica para o estudo da produção sonora dos animais. Um gravador autônomo irá gravar os cantos e ruídos na região para pesquisas. Além disso, nesta temporada haverá a coleta de borrifos, que é a respiração da baleia jubarte, com o objetivo de estudar patógenos (microorganismos causadores de doenças). Ainda será realizada uma pesquisa para avaliar a importância das baleias jubartes para o ecossistema de abrolhos, incluindo a alimentação de outras espécies.
Tamar
Na base Sauipe da Fundação Projeto Tamar, em Mata de São João, foi realizado um estudo de granulometria da areia, que possibilitou aprofundar conhecimentos sobre o impacto da mudança climática na reprodução da tartaruga Cabeçuda, uma das espécies vulneráveis à extinção. Características abióticas, como a temperatura, a umidade, a taxa de oxigenação na areia, entre outras, podem interferir na eclosão de ovos e no comportamento de filhotes. Assim, os estudos mostraram que a transferência de ovos depositados em locais de areia fina para locais de características granulométricas mais favoráveis pode ser uma alternativa para elevar a taxa de sucesso da eclosão dos ovos dessa espécie.
Os seis projetos patrocinados por meio do Programa Petrobras Socioambiental integram a Rede Biomar e são um retrato do nosso compromisso em realizar investimentos socioambientais voluntários para contribuir com a diversidade marinha, entre outros temas. Além de gerar conhecimento, todos esses projetos realizam ações de educação ambiental para crianças e adultos e, em parceria com as comunidades, somam esforços para cuidar do meio ambiente. Quer conhecer outras ações? Acompanhe nossos projetos nas redes sociais.
Seleção Pública 2021
A Petrobras prorrogou, até o dia 9 de julho, as inscrições para a seleção pública de novos projetos que irão compor a carteira do Programa Petrobras Socioambiental. A companhia prevê destinar R$ 41,8 milhões para cerca de 30 projetos ambientais e sociais desenvolvidos em comunidades vizinhas de suas operações nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Estão abertas oportunidades para as quatro linhas de atuação do programa, consideradas prioritárias para o negócio e para a sociedade: Educação, Desenvolvimento Econômico Sustentável, Clima e Oceano. Mais informações, você encontra aqui.