Quando a gente conhece um projeto ambiental com o qual se identifica, ou mesmo que atua em algum lugar bonito ou inspirador, pode ser que apareça, mesmo que rapidamente, um pensamento mais ou menos assim: “que bacana, como seria trabalhar num lugar assim?” Pois hoje, a gente vai conhecer alguns personagens que vivenciam os valores dos projetos ambientais que apoiamos. Saiba como esse envolvimento promoveu mudanças positivas na vida do Malafaia (Uçá), do Raí (Coral Vivo), do Cidinho, (Semeando Sustentabilidade) e da Jaqueline (Guapiaçu Grande Vida) e depois assista os documentários abaixo para conhecer mais um pouco das pessoas e dos projetos.
O manguezal é um ecossistema que fica na transição entre os ambientes terrestre e marinho. Você sabia que uma floresta de mangue é capaz de sequestrar e reter de quatro a cinco vezes mais carbono do que uma floresta de continente? E que o manguezal é responsável por 50% da proteína animal marinha que consumimos? E que na região da Baía de Guanabara, cerca de 350 famílias devem seu sustento ao caranguejo uçá? Pois antes de se engajar no Projeto Uçá, o Alaildo Malafaia não sabia de nada disso, e ainda achava que o mangue era apenas um monte de lama, mosquitos e outros insetos. Entenda como esse trabalho mudou a visão do Malafaia, hoje um pescador “quase biólogo”, dado o seu conhecimento de vida somado ao aprendizado constante com profissionais da área ambiental.
Desde 2012, o Projeto Uçá busca disseminar o conhecimento sobre este ecossistema em oito municípios da Baía de Guanabara e seu entorno (Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Petrópolis e Teresópolis), e em Florianópolis (SC). Suas contribuições incluem o reflorestamento de manguezais degradados, educação ambiental, monitoramento do ciclo de vida do caranguejo uçá, e geração de renda durante os meses do defeso, por meio da retirada de resíduos sólidos de manguezal.
O que se esconde debaixo do azul do mar? Era mais ou menos essa pergunta que Raimundo Medrado, o Raí, se fazia quando nadava nas praias de Arraial D’Ajuda (BA), onde mora. Foi depois de entrar para o Coral Vivo que ele passou a conhecer e proteger esses fascinantes animais (que muitos confundem com rochas ou algas), em cujas colônias se criam ecossistemas que abrigam sozinhos 25% de todas as espécies marinhas.
O Projeto Coral Vivo foi criado em 2003 com iniciativas voltadas à conservação dos recifes de coral e dos ambientes coralíneos. Como alguns dos recifes de coral mais ricos e importantes encontram-se no sul da Bahia, foi lá que o Projeto Coral Vivo instalou sua base de pesquisas, com um aquário aberto à visitação, como forma de conscientizar o público para a importância da conservação marinha. O Projeto também realiza ações com universitários, coletivos jovens, pescadores e moradores da Costa do Descobrimento, como limpezas de praia e ambientes relacionados, de turismo sustentável e de monitoramentos ambientais.
Quando abraçou de primeira hora o projeto Semeando Sustentabilidade, Dejesus Aparecido Ramos, carinhosamente chamado de Cidinho, teve que enfrentar a resistência dos conterrâneos para convencê-los de que recuperar a floresta ia ser mais benéfico para eles do que desmatar para plantar suas roças. Com o tempo e muito trabalho, ele se tornou uma referência na região, e um exemplo para o filho Everson.
O Semeando Sustentabilidade atua desde 2008 para melhorar o entendimento sobre a importância da convivência harmônica entre a agricultura familiar e a conservação da floresta amazônica. Com presença em cinco municípios de Rondônia (Porto Velho, Itapuã do Oeste, Candeias do Jamari, Cujubim e Rio Crespo), seu objetivo é apoiar a recuperação de áreas de mata ciliar (às margens de rios, igarapés, lagos etc.) e de propriedades agrícolas, desenvolvendo alternativas que conciliem produção e adequação ambiental. O projeto também busca beneficiar os pequenos produtores no fortalecimento das organizações sociais, assessoria técnica para agricultores familiares e a regularização das propriedades no cadastramento ambiental rural.
Jaqueline Santos nasceu com catarata congênita e só recuperou 20% da visão. Mas o que a torna diferente das outras adolescentes da sua idade é a sua preocupação ecológica. Desde que se engajou como monitora ambiental no projeto Guapiaçu Grande Vida, ela se tornou mais consciente da importância da conservação das matas e dos rios.
A conservação de florestas nativas influencia diretamente a qualidade e a quantidade da vazão dos rios e mananciais. O projeto Guapiaçu Grande Vida atua na Reserva Ecológica de Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu (RJ), realizando restauração florestal e monitoramento ambiental de rios. Desde 2013, o projeto restaurou 160 hectares de áreas degradadas, plantando 300.000 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, promovendo a recuperação de vários serviços ecossistêmicos, como o fortalecimento da reintrodução da anta na região. Na educação ambiental, se destacam a capacitação de profissionais, ações de conscientização inclusivas e a sensibilização de estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Esses documentários que você assistiu aqui em primeira mão, foram produzidos pelo projeto Cinema Nosso – Arte, Educação e Tecnologia, em parceria com a Petrobras. Eles fazem parte da série Futuro em Movimento, que revela as modificações nas trajetórias de algumas pessoas a partir de seu engajamento em projetos socioambientais apoiados pela Petrobras, motivando transformações pessoais e gerando benefícios consistentes para suas comunidades. Outros vídeos como esses também podem ser assistidos no canal Série Futuro em Movimento, do Cinema Nosso, no YouTube.
Acesse: Série Futuro em Movimento