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Meio Ambiente

Energia em renovação: 40 milhões de tartarugas no Tamar

Passos de tartaruga. A expressão usada para dizer que alguém anda devagar certamente não representa o forte ritmo imposto pelo Tamar na transformação da realidade das espécies de tartarugas marinhas no Brasil desde 1980. Quase 40 anos após sua criação e hoje presente em 26 localidades do país, o projeto alcançou um marco histórico: 40 milhões de tartarugas, entre filhotes, juvenis e adultas, nasceram e/ou foram recuperadas no nosso litoral e ganharam os mares.

Patrocinado pela Petrobras, o trabalho do Tamar trouxe informações que contribuíram para fortalecer a consciência socioambiental dos moradores das áreas próximas às sedes do projeto e contagiou todo o Brasil. De acordo com os fundadores, Guy e Neca Marcovaldi, o marco só foi atingido por conta do engajamento das comunidades costeiras. Segundo eles, parte desse impressionante resultado se deve a uma rede formada por pescadores, moradores locais, oceanógrafos, biólogos, engenheiros de pesca e veterinários, que trabalha continuamente para afastar os animais da ameaça de extinção. “Eles deixaram de ser utilizados para consumo e passaram a ser queridos e admirados, graças à conscientização das pessoas sobre a importância de preservá-los”, destaca Guy Marcovaldi.

A história

Foi o desejo de transformar em realidade o sonho de preservação das tartarugas marinhas que levou o jovem Guy Marcovaldi e seus amigos a serem protagonistas na criação do  Projeto Tamar. Depois de dois anos de levantamento das principais praias de reprodução das tartarugas marinhas por todo o litoral brasileiro, foram implantadas as primeiras bases na Praia do Forte (Bahia), em Pirambu (Sergipe) e em Regência (Espírito Santo). Nessa época, já com o apoio da Petrobras, nasceram os primeiros dois mil filhotes de tartarugas marinhas protegidos.

Quase 40 anos depois, nossa aposta na visão de futuro sustentável proposta pelo grupo se confirmou. Atualmente, o Projeto Tamar - Fundação Pró-Tamar está presente em 26 localidades, distribuídas em áreas prioritárias de desova, alimentação, migração e descanso e, a cada temporada reprodutiva, o número de filhotes que nasce nas praias monitoradas pelo projeto passa de dois milhões, além de muitas tartarugas que são protegidas e salvas da captura incidental na pesca. Estudos científicos mostram que as populações de tartarugas marinhas no Brasil estão se recuperando.

No litoral de Sergipe são monitorados cerca de 125 km de praia através de três bases: Abais, Pirambu e Ponta dos Mangues. A tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) é a espécie predominante desovando na região, e que vem apresentando um aumento no número de desovas, associado ao crescimento do número de tartarugas fêmeas adultas ao longo dos anos. Outro importante resultado está associado à reocupação de importantes áreas de desova. Algumas praias da Bahia que ainda não tinham sido associadas à preferência das tartarugas olivas, por exemplo, hoje registram grande aumento do número de ninhos e a expansão do período de reprodução. E, por fim, além do aumento e da reocupação, as olivas também expandiram o período de reprodução. Nascimentos de filhotes que antigamente eram registrados apenas entre quatro e seis meses já são observadas ao longo de todos os meses do ano.

 

Sobre o Tamar

O Projeto Tamar começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. A Fundação Pró-Tamar executa a maior parte das ações descritas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil, coordenado pelo ICMBio/MMA. A Petrobras é a patrocinadora oficial do Projeto Tamar - Fundação Pró-Tamar, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O projeto trabalha na pesquisa científica, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). As ações do projeto também contribuem para proteger cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 26 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

O projeto Tamar integra a Rede de Biodiversidade Marinha (Rede Biomar) junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Todos esses projetos patrocinados pela Petrobras atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha no Brasil integrando pesquisa cientifica sobre espécies e ambientes a elas associados, relacionamento com comunidades e educação ambiental.

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