Meio Ambiente

Lobo-Marinho: um lobo tranquilo, que não tem nada de mau

Não se pode negar que a reputação dos lobos no imaginário coletivo não é das melhores. Seja atacando porquinhos apaixonados por engenharia, seja impedindo que netinhas façam entregas para suas avós, o lobo quase sempre acaba sendo retratado como um animal perigoso e violento. Mas esse não é exatamente o caso do lobo sobre o qual vamos falar.

 

Prazer, Arctocephalinae, mas pode me chamar de lobo-marinho

Um mamífero pinípede, ou seja, com extremidades mais alongadas que o centro, o lobo-marinho é da mesma família das focas, leões-marinhos e morsas, recebendo esse nome de “lobo” não por caçar os porcos-do-mar – sim, eles existem – mas porque emite sons, em tons de urro, que eram considerados semelhantes aos dos lobos de verdade.

Em comum com os lobos terrestres, o lobo-marinho tem também os hábitos carnívoros, ainda que representem pouquíssima ameaça para qualquer vovó, já que preferem uma alimentação baseada em peixes, polvos e crustáceos. São animais que podem viver entre 15 e 30 anos e cujo macho pode chegar a medir dois metros e pesar até 160 kg, mostrando que eles realmente gostam desse rodízio natural de comida japonesa.

 

Torcendo pelo Lobo 

Mas é exatamente em virtude de suas necessidades alimentares que o lobo-marinho acabou entrando em ameaça de extinção, seja pelos ataques que sofrem ao disputar comida com pescadores, seja pelos riscos que correm diante do lixo atirado no mar. E exatamente por isso é uma boa notícia o aumento dos avistamentos de lobos-marinhos no Brasil.

Dados obtidos pelo Projeto de Monitoramento das Praias (PMP) executado pela Petrobras, indicam que desde o início de 2020 foram encontrados no litoral brasileiro 154 lobos-marinhos entre as espécies subantártica e sul-americana, um aumento de 13,5% em relação ao ano passado, sendo que apenas no mês de setembro 30 animais foram identificados nas praias inspecionadas. 

E dois deles foram esses aqui, um macho e uma fêmea de lobos-marinhos-do-sul (Arctocephalus australis ) que o PMP da Bacia de Santos, ao lado da instituição executora R3 Animal, devolveu ao mar na Praia do Moçambique, em Florianópolis, após eles receberem tratamento veterinário para retornarem ao seu habitat natural. Porque nessa história aqui é o lobo que merece ter um final feliz.

 

Encontrei um lobo-marinho. O que fazer?

O lobo-marinho é um assíduo frequentador do Sudeste e do Sul do nosso país, aparecendo com mais frequência nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, principalmente no inverno e na primavera.

E como grande parte dos animais – e dos banhistas em geral – o lobo-marinho não é agressivo e só irá atacar caso se sinta ameaçado. Então o melhor, no caso de um encontro com algum desses animais, é manter a distância e entrar em contato com o PMP ou outro órgão responsável da sua região, pois o animal pode estar machucado e precisando de algum cuidado.  
 
 

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