Meio Ambiente

Tecnologia a serviço do monitoramento de baleias e golfinhos

Conheça como drones e outros recursos auxiliam o trabalho dos pesquisadores

De Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC), passando por São Paulo e Paraná, eles estão sendo observados. E têm cada passo (ou melhor, nado) monitorado. Os cetáceos, mamíferos exclusivamente aquáticos representados pelas baleias, botos e golfinhos, são as estrelas do nosso PMC-BS (Programa de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos). Estruturado e executado pela Petrobras, o Programa atende a condicionantes do licenciamento ambiental federal na região.

Para observar e avaliar o estado atual das populações de cetáceos, buscar conhecer os deslocamentos, a distribuição e a migração das espécies, são utilizadas uma série de tecnologias, como a marcação com transmissores satelitais e arquivais rádio-transmissores. Já o Monitoramento Acústico Passivo (MAP) é utilizado para gravação e identificação dos sons emitidos.

Ah, e temos os drones! Como os cetáceos são tímidos e gostam de passar a maior parte do tempo submersos, recursos como o uso de drones facilitam, por exemplo, a visualização e contagem das baleias e golfinhos, além da verificação das suas condições de saúde e comportamentos.

Foi graças a um drone que o PMC-BS conseguiu registros inéditos daquele que é considerado o maior animal da Terra, a Baleia Azul (Balaenoptera musculus). Esta espécie pode chegar a mais de 30 metros de comprimento e pesar 180 toneladas. Podemos dizer, sem nenhuma dúvida, que a Baleia Azul tem um grande coração. Ele pesa cerca de 180 kg e tem 1,5 m de diâmetro: do tamanho de um fusca!

Baleia Azul teve registros inéditos realizados por drones do PMC-BS

 

Baleias Jubarte e ProFranca

Os projetos Baleia Jubarte e ProFranca, patrocinados pela Petrobras, também utilizam os drones no monitoramento desde 2018. “Com os drones percebemos vários avanços nas pesquisas das jubartes, como avaliar a condição corporal das baleias: a estimativa de comprimento, a largura e o volume do animal. Essas medições possibilitam analisar se o animal está magro, gordo e até mesmo se é uma fêmea em gestação”, explica um dos coordenadores do projeto Baleia Jubarte, Enrico Marcovaldi.

Para Karina Groch, diretora do Projeto ProFranca, o drone é uma ferramenta que revolucionou o trabalho de pesquisa, permitindo obter identificações instantâneas, o que antes era feito apenas com sobrevoos de helicóptero. Diferente das Jubartes, que são reconhecidas pela nadadeira, as baleias francas são identificadas pelas calosidades que têm na cabeça. Por isso, as imagens áreas são fundamentais. “É uma espécie monitorada do alto. Utilizamos as imagens para fazer o reconhecimento individual e acompanhar o comportamento ao longo da vida, inclusive a presença delas em outros países”.

 

Mais sobre o PMC-BS

O PMC-BS atua de Cabo Frio (RJ) até Florianópolis (SC), cobrindo desde águas costeiras até oceânicas, atingindo uma distância de 350 km da costa e locais com lâmina d’água com mais de 2 mil metros de profundidade. O Programa reflete o compromisso da companhia com o ecossistema marinho e costeiro nas regiões onde a Petrobras concentra suas atividades.

O PMC-BS utiliza outros métodos para pesquisar as populações de golfinhos e baleias, além dos já citados, como transecções lineares (malha de linhas amostrais distribuídas de forma regular pela área) em campanhas de avistagem embarcada e aérea e coletas de biópsias para análises genéticas e de contaminantes/biomarcadores.

Se você, assim como a gente, se interessa em saber mais sobre esses animais, não deixe de ler: "Uma aventura para descobrir os mistérios das baleias" e "10 curiosidades sobre a temporada brasileira de baleias".

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