O que um convento tem a ver com a energia que o Brasil precisa?
Vem com a gente conhecer o Complexo de Energias Boaventura e os benefícios que ele vai gerar para região de Itaboraí e para o Brasil
Convento São Boaventura, em Itaboraí, RJ
Bruno Castro
Vem com a gente conhecer o Complexo de Energias Boaventura e a inovação e desenvolvimento que ele vai gerar para região de Itaboraí e para o Brasil
O ano era 1649, quando, na Vila de Santo Antônio de Sá, era fundado o Convento de São Boaventura. Primeiro apenas servindo de habitação para frades franciscanos, nas décadas seguintes o local seria ampliado para não apenas oferecer educação para jovens noviços como também para oferecer cuidados médicos para visitantes.
E quais as razões desse crescimento? Bem, ainda que você provavelmente não tenha ouvido falar em Santo Antônio de Sá, ela não apenas foi a 2ª vila fundada no estado do Rio de Janeiro como chegou a ser a 4ª maior do Brasil, contendo, entre suas chamadas "freguesias", algumas cidades que você provavelmente já ouviu falar, como Santo Antônio de Macacu, Magé e Rio Bonito.
Uma história de crescimento que teve um fim melancólico quando, em 1868, foi decretada a extinção da Vila de Santo Antônio de Sá, que foi anexada à agora, muito maior, área de Itaboraí. Mas você, que acompanhou a nossa aula de história até agora, deve estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com energia e com Petrobras?
Conservando a história e construindo o futuro
Convento e energia se encontram porque, na região onde hoje estão as ruínas das construções da extinta vila, estão também as instalações do Complexo de Energias Boaventura, um projeto cujo nome remete ao passado da cidade, mas que vai ajudar a construir um futuro não só para a região mas também para o país.
Isso porque o Complexo, que ocupa um espaço equivalente a mais de 5 mil campos de futebol, tem previsão de gerar cerca de 10 mil postos de trabalho nos próximos anos, com a retomada dos investimentos na região.
E o primeiro projeto a operar é uma das maiores Unidades de Processamento de Gás Natural do país, com capacidade de processamento de 21 milhões de m³/dia de gás produzido no pré-sal aumentando a oferta do produto e reduzindo a dependência de importações. Além disso, o conjunto de unidades que integrarão o Complexo terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), de baixíssimo teor de enxofre.
O Complexo de Energias Boaventura reunirá diferentes unidades de processamento e produção, da geração de energia aos combustíveis. Além da própria Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), o mais novo complexo industrial da Petrobras será composto por duas UTEs (Usinas Termoelétricas), unidades de produção de combustíveis e lubrificantes - unidade de Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), de Hidrotratamento de Diesel (HDT) e de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), unidades auxiliares, utilidades e off-sites (extramuros).
Ainda no âmbito do Complexo, em linha com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição para uma matriz energética a partir de fontes renováveis, encontra-se no PE-2024-2028 o estudo de uma planta de biocombustível dedicada, para a produção de diesel e QAV de origem 100% renovável, inicialmente a partir de óleos vegetais e gorduras de origem animal. Também se encontra em estudo a redução das emissões de CO2 no Complexo através da captura de carbono, interligando o mesmo ao projeto piloto do hub de CCUS (captura, uso e armazenamento de carbono) do Rio de Janeiro, sendo estas iniciativas na direção do net zero de emissão de carbono na Petrobras.
Isso significa a modernização da nossa estrutura de refino e a movimentação da economia na região, sem deixar de lado o cuidado com o patrimônio cultural local, já que as ruínas do convênio, tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tem o apoio e a atenção da Petrobras para que voltem a receber visitas e se tornem um espaço turístico e cultural.
Ganha o Rio de Janeiro, ganha a história do nosso país e ganham também todos os brasileiros. Porque por todo o Brasil tem Petrobras, e sempre trabalhando pra garantir a energia que o nosso país precisa.
E quer saber mais sobre as nossa ações na região, incluindo música, arte e muita história? Então vem com a Bela Reis em mais um episódio da nossa série Mochileiras!
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