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Qual o papel dos combustíveis marítimos de baixo carbono na transição energética justa?

Saiba como a Petrobras impulsiona uma Transição Energética justa com combustíveis marítimos renováveis e soluções de baixo carbono.

Atualizado em 17/01/2025

Postado em 17/01/2025

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Os biocombustíveis e combustíveis de baixo carbono têm ganhado cada vez mais relevância no cenário atual, uma vez que se apresentam como uma alternativa viável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Para o setor de transporte marítimo, que é responsável por cerca de 2% a 3% das emissões globais de CO₂, adotar práticas e tecnologias mais sustentáveis, como o biobunker da Petrobras, é um passo importante para reduzir os impactos negativos ao meio ambiente, rumo à transição energética justa. Acompanhe o texto e saiba mais!

 

Qual a importância dos combustíveis marítimos de baixo carbono?

O setor de transporte marítimo, segundo a Fundação Getúlio Vargas, é o responsável por cerca de 2% a 3% das emissões globais. O que corresponde a emissão de 840 milhões de toneladas de CO₂ de navegação internacional e domésticas em todo o mundo.

A transição energética justa é um processo de mudança na matriz de energia, que tem como principal objetivo reduzir as emissões de carbono por meio da substituição dos combustíveis fósseis (como petróleo e carvão) para fontes de energia renováveis (como sol e água) e fontes de baixo carbono (biodiesel, diesel verde etc.).

Dessa forma, o uso dos combustíveis marítimos de baixo carbono representa não só uma opção mais sustentável, que visa reduzir significativamente os gases do efeito estufa, como também um modo eficaz de alinhar as demandas ambientais à produção do setor marítimo.

 

Combustíveis marítimos de baixo carbono no Brasil e no mundo

Na Europa, o Parlamento e a Comissão Europeia já acordaram um novo regulamento no qual prevê que, a partir de 2025, o uso de carbono nos combustíveis marítimos caia 2%, reduzindo gradativamente até chegar a 80% em 2050.
 
Com isso, a União Europeia pretende criar demanda para os combustíveis sustentáveis, reafirmando em seu plano de regime especial a “adoção de renováveis de origem não biológica com elevado potencial de descarbonização”.

Somos referência na produção e no fornecimento internacional de óleo combustível marítimo. Investimos em inovação e tecnologia, a fim de oferecer combustíveis marítimos de baixo carbono, de acordo com as regras e especificações da Agência Reguladora (ANP), que atendam às exigências ambientais e contribua para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Leia também: “Um Brasil de Energia - caminhos para uma transição energética justa”

 

Quais os principais combustíveis marítimos?

Conheça a seguir os principais combustíveis marítimos produzidos pela Petrobras:

Biobunker

O biobunker é um combustível marítimo com uma parcela 24% de biodiesel de segunda geração. Isso significa que esta parcela é produzida a partir do resíduos agroindustriais renováveis, graças ao uso de tecnologias avançadas de refino, convertendo-as em um combustível de alta qualidade e baixo teor de carbono.

Óleo diesel marítimo

O óleo diesel marítimo, também conhecido como MGO ou DMA, é indicado para embarcações de pequeno e médio portes, sendo utilizado nos sistemas auxiliares de geração de energia, bem como na emergência de navios. Com o melhor custo-benefício, esse combustível marítimo garante desempenho adequado e uma navegação segura.

Diesel Verana

O Diesel Verana é um combustível desenvolvido para embarcações de lazer. Ele oferece uma redução significativa de emissões de GEE e pode ser utilizado em motores convencionais, reduzindo o impacto ambiental sem exigir grandes mudanças tecnológicas.


Como é a produção de Biobunker no Brasil?

Desde julho de 2024, a Petrobras obteve autorização para comercializar o bunker com 24% de volume de conteúdo renovável. Em uma análise preliminar, foi possível identificar o percentual de redução de 17% de gases de efeito estufa, quando comparado ao bunker 100% mineral.

Atualmente, a companhia obteve autorização da Agência Nacional do Petróleo para comercializar o combustível com conteúdo renovável. Desde então, o VLS (Very Low Sulfur) B24 vem sendo produzido e está disponível sob demanda.

Este combustível marítimo é o resultado da mistura de bunker de origem mineral, produzido pela Petrobras, com o biodiesel, certificado pela ISCC EU RED, uma das mais tradicionais certificações existentes no mercado.

Todo o processo ocorre no Terminal de Rio Grande (RS) da Transpetro e o abastecimento de navios com esse tipo de combustível acontece da mesma maneira que o bunker mineral, podendo ser realizado por meio de operações de barcaças ou atracados.

 

Abastecimento de embarcação durante testes de bunker com conteúdo renovável.
Embarcação da Petrobras sendo abastecida em testes do combustível bunker com conteúdo renovável.

Leia também: “Você sabe o que é descarbonização da economia? Descubra tudo agora!”

 

Quais os diferenciais e vantagens do biobunker?

O biobunker possui uma série de diferenciais e vantagens que o tornam uma escolha sustentável para o setor marítimo. Veja abaixo algumas delas:

Reduz a emissão de CO₂

Por ter, na sua produção, parcelas obtidas a partir de fontes renováveis, como óleos vegetais ou resíduos agroindustriais, o biobunker possui um balanço de carbono mais favorável, reduzindo significativamente as emissões de CO₂ em comparação aos combustíveis fósseis.

Contribui para a sustentabilidade e economia circular

Da mesma forma, o uso de resíduos agroindustriais e óleos vegetais como matéria-prima contribui para a sustentabilidade e economia circular do país, já que os subprodutos são aproveitados e não descartados – como ocorre em outros processos de produção não renováveis.

É compatível com motores convencionais

O biobunker também é um combustível flexível, que pode ser facilmente utilizado em motores marítimos convencionais com pouca ou nenhuma adaptação, tornando a sua implementação mais prática e econômica.

É uma alternativa viável para atingir metas climáticas

Com os bons desempenhos do biobunker, o combustível tem sido avaliado como uma maneira prática de o setor marítimo avançar no cumprimento das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris e pelas regulamentações da Organização Marítima Internacional (IMO), os quais visam reduzir as emissões do setor de transporte marítimo em até 50% até 2050.

O uso de combustíveis marítimos de baixo carbono é um passo importante na transição energética global. Nesse sentido,  as iniciativas da Petrobras, com investimentos em combustíveis como o biobunker, apontam para a adaptação das demandas ambientais globais e também para o compromisso assumido pela companhia com o desenvolvimento econômico e social, que gera benefícios significativos para o Brasil e para o setor marítimo global.

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