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Inteligência Artificial

Novo sistema usa inteligência artificial para aumentar a segurança

Com tecnologia da Microsoft, câmeras de alta resolução poderão detectar os riscos de segurança operacional

Este conteúdo faz parte de uma série que apresenta quatro temas que foram destaque na participação da Petrobras na Offshore Technology Conference (OTC) 2019.

Estamos usando a Inteligência Artificial (IA) da Microsoft para ampliar a segurança de trabalhadores que atuam em nossas operações offshore. A inovação vai nos ajudar a analisar imagens de tarefas de campo com foco em segurança, meio ambiente e saúde, detectando desvios e incidentes, como uso incorreto de Equipamento de Proteção Individual (EPI), posicionamento inseguro com relação à carga, obstrução de rotas de fuga e acesso a ambientes restritos.

É o que afirma o consultor Hardy Pereira Pinto, do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), e um dos criadores da solução, que busca propiciar um ambiente industrial mais seguro, com menor número de acidentes e, consequentemente, garantia de continuidade operacional e maior produtividade.

As imagens que representam indicações de risco ou de situações normais são apresentadas ao sistema de Inteligência Artificial da Microsoft, que “aprende” a reconhecê-las e distingui-las. “O sistema está treinado, por meio de algoritmos, a identificar automaticamente riscos de segurança operacional nas imagens gravadas por câmeras de alta resolução”, explica.

Para isso, é necessária uma grande quantidade de imagens armazenadas, com uma variedade de situações em horários distintos (dia e noite), iluminação e pessoas diferentes. Percebida a ameaça, o sistema alerta sobre o risco de forma imediata, de forma mais ágil e eficaz. “Em seguida, espera-se uma ação proativa para mitigação desses riscos e consequente redução do número de incidentes e acidentes. A tecnologia não dorme, atuando 24 horas por dia, sete dias por semana”, brinca o pesquisador.

A solução de IA da Microsoft em uso está ligada à área de visão computacional, que é quando softwares aprendem a interpretar imagens. Dessa forma, a análise das imagens permite a geração de informações e dados estatísticos que podem auxiliar no direcionamento de treinamentos de acordo com as variáveis mais frequentes (horários e locais de maior ameaça, por exemplo), reduzindo, assim, o tempo de exposição do trabalhador a riscos.

A primeira fase da implantação, conduzida por nós em parceria com a Microsoft a partir de um termo de cooperação específico para esse desenvolvimento, foi finalizada em setembro com a ativação do sistema no navio-sonda NS-38. Atualmente, a solução está gerando alertas de risco ao identificar acesso às zonas restritas e uso inadequado de equipamentos de segurança, beneficiando cerca de 180 trabalhadores embarcados e um total de 300 pessoas, quando somadas as pessoas que circulam no local.

A preservação de vidas é uma questão fundamental para a Petrobras. E hoje, com o desenvolvimento cada vez mais acelerado da tecnologia, pensamos em como podemos utilizar a inovação para diminuir o risco de acidentes nas operações offshore.

A utilização da tecnologia da Microsoft pela Petrobras é um exemplo de como soluções com inteligência artificial podem impactar positivamente não só o negócio, como também zelar pelo bem-estar dos colaboradores. Nossa atuação é de forma a ampliar esses casos de uso, também, para outras indústrias, comenta Luiz Pires, diretor do Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL) da Microsoft Brasil.

Ainda em fase de coleta de imagens para treinar a inteligência artificial, a identificação e geração de alertas sobre posicionamentos seguros de cargas será adicionada nas próximas fases do projeto. Além disso, a ideia é expandir a tecnologia para outros navios sonda e operações offshore. “O escopo inicial era restrito a ambientes em sondas marítimas, mas, com o objetivo de aumentar a abrangência, o projeto incorporou a monitoração de uma oficina em Macaé, no Rio de Janeiro, e de embarcações de apoio. Para o futuro, queremos aumentar a abrangência para qualquer unidade operacional da Petrobras com riscos ocupacionais que exijam monitoração, como plataformas, plantas do refino e ambientes de construção e montagem”, finaliza Hardy.

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