Como se produz petróleo? Conheça 6 tecnologias inovadoras!
Da coleta de gás carbônico a operações com zero pessoas a bordo. Conheça algumas das tecnologias que usamos para produzir nossa energia.

Plataforma de petróleo FPSO Almirante Tamandaré, que usa muita tecnologia para produzir nossa energia. Foto: Divulgação Yinson.
Nossa produção de petróleo em alto-mar iniciou há mais de meio século, em 1968. Quando nosso primeiro poço de petróleo offshore foi descoberto, em Sergipe, adaptamos nossos processos e tecnologias para viabilizar uma produção eficiente no mar, que funciona de maneira muito diferente da produção em terra. Imagine só: para isso, aprendemos a instalar quilômetros de dutos debaixo d’água, na curvatura correta para escoar o óleo. O que hoje parece trivial, na época foi vanguarda no setor mundial.
Mais de meio século se passou e, como era de se esperar, nossas operações evoluíram muito. Nossos investimentos na exploração e produção de petróleo e gás natural tornaram nossas plataformas petrolíferas referências mundiais em inovação tecnológica, e já nos renderam cinco prêmios OTC, considerados o reconhecimento máximo no setor de energia global!
Para deixar nossa operação cada vez mais eficiente e sustentável, investimos em tecnologias pioneiras que reduzem as emissões de carbono, aumentam a eficiência energética e nos ajudam a gerar a energia do futuro. Em cada canto, há muita tecnologia instalada. Que tal conhecer algumas delas?
Captura de carbono com HISEP e CCUS
A produção de petróleo em águas profundas libera gás carbônico do leito do mar, que sobe até a plataforma e, depois, é liberado na atmosfera. Para evitar isso e tornar nossa operação mais limpa, criamos uma tecnologia inovadora e inédita: a HISEP - High Pressure Separation (separação em alta pressão).
A HISEP, desenvolvida no Cenpes, nosso centro de pesquisas, separa e reinjeta esse gás ainda no fundo do mar. Isso não só incentiva a descarbonização do setor, mas também aumenta a pressão nos reservatórios e melhora a produtividade dos poços de petróleo.
Falando em captura de carbono, não podemos esquecer do nosso projeto de captura, uso e armazenamento de Carbono: o CCUS. O projeto concilia a otimização da extração de óleo com o armazenamento de CO2 em rochas reservatórios — de onde é extraído o petróleo.
Em 2022, nosso projeto de CCUS tornou-se o maior do mundo em volume reinjetado, de acordo com o Global CCS Institute. Fomos responsáveis pela reinjeção de 25% de todo o CO2 do mundo pelo setor!
Annelida, o nosso robô-minhoca
Os dutos usados por nossas plataformas para extrair o petróleo podem chegar a quilômetros de comprimento. Mas há um problema: no fundo do mar, as variações de pressão e de temperatura podem causar a formação de bloqueios nesses dutos, como parafina e hidratos. O robô Annelida foi criado por nós — em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), Senai/SC, Senai/RS e Universidade de São Paulo (USP) — para resolver isso facilmente.
O robô é lançado da plataforma e, tendo um movimento inspirado nas minhocas, se desloca até a obstrução. Chegando lá, ele gera uma reação química controlada que emite o calor necessário para retirar o bloqueio. Essa tecnologia na produção de petróleo pode até parecer simples, mas resolve um problema que existe há décadas no setor mundial e pode gerar ganhos de centenas de milhões de reais!
Digital Twins de ancoragem, os clones que ajudam a antecipar problemas
Para que as plataformas de petróleo mantenham sua posição mesmo com o mar revolto, são usadas diversas linhas de amarração projetadas para fixá-las ao leito do mar. São os chamados “sistemas de ancoragem”. Para verificar que esses sistemas estão funcionando corretamente, utilizamos veículos robôs operados remotamente que buscam possíveis falhas.
Esse método, porém, tem elevado custo e pode demorar na identificação de problemas. Para solucionar este problema, surgem os digital twins de ancoragem.
Digital twins são cópias digitais exatas de um objeto ou sistema, substituindo protótipos físicos. Com elas, é possível realizar análises e testes nas nossas operações, simulando diferentes cenários, para entender seu desempenho em tempo real.
Na prática, o uso de digital twins nos ajuda na antecipação e na identificação de problemas, reduzindo também os riscos e custos da operação de todos os sistemas de ancoragens das nossas plataformas.
Inspeção offshore com robô controlado remotamente
Nas nossas plataformas de petróleo, até mesmo tecnologias já conhecidas são utilizadas de maneira inovadora. É o caso do ultrassom.
Em 2022, fizemos a primeira inspeção offshore (em alto-mar) usando ultrassom, por meio de um robô controlado remotamente. Com ela, podemos fazer inspeções mais seguras, em equipamentos e tubulações internas das plataformas, à procura de possíveis vazamentos. A partir disso, instalamos reparos temporários para evitar vazamentos.
POB0 – People on Board 0
Já imaginou uma plataforma de petróleo funcionando normalmente com zero pessoas a bordo? Bem, a gente já. E estamos trabalhando para isso.
O programa POB0 - People on Board 0 foi criado para diminuir a exposição de pessoas aos riscos de trabalharem embarcadas. Para isso, estão sendo desenvolvidas soluções para viabilizar operações remotas, com ações que otimizem nossos processos e mudanças conceituais nos projetos de novas plataformas. E várias delas já foram testadas e aprovadas, como:
- Robô de pintura para fazer tratamento e pintura do costado das plataformas — que é a parte externa do casco do navio que fica sobre a água;
- Uso de drones para fazer inspeção visual de tanques de carga das plataformas;
- Uso de tecnologias de realidade aumentada ou virtual para dispensar embarques na identificação de modificações nos FPSOs;
- A inclusão de digital twins em novos projetos.
O objetivo é ter, na próxima década, uma plataforma FPSO de grande capacidade funcionando de maneira remota ou automatizada!
Iniciativa Boatless
Para extrair petróleo e gás natural, temos que operar em profundidades que passam de 2500m e distâncias que passam de 300km da costa. Para diminuir os riscos e custos nesses locais inóspitos, também estamos trabalhando para diminuir o número de embarcações de apoio nas nossas operações em águas profundas.
Nossos novos Veículos Submarinos Autônomos (AUVs) terão a capacidade de substituir grande parte das atividades de risco atualmente realizadas por mergulhadores ou por Veículos Remotamente Operados (ROVs), que são controlados por uma equipe em uma embarcação de apoio.
Além de tornar nossas operações mais seguras, a iniciativa Boatless também irá diminuir os custos e indiretamente reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Outras tecnologias na produção de petróleo
Da nanotecnologia à Internet das Coisas: a inovação já faz parte dos nossos projetos há muito tempo. Junto com diversos outros parceiros tecnológicos — como universidades, startups, fornecedores e centros de pesquisa —, idealizamos, desenvolvemos e testamos tecnologias inovadoras na produção de petróleo.
E nossa expertise vai além das plataformas de petróleo. Por exemplo: você sabia que a linguagem de computação utilizada para programar os jogos Roblox e Angry Birds foi criada pela Petrobras em parceria com a PUC-Rio? Descubra outras tecnologias que utilizamos no nosso dia a dia:
→ Inovação e tecnologia: conheça nossa fonte inesgotável de energia
Você também pode conhecer mais sobre principais equipamentos submarinos utilizados pela gente para a exploração e produção de petróleo:
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