25 anos de “Matrix” e os desafios da tecnologia

O ano era 1999 e chegava aos cinemas do mundo todo um filme que mudaria a história da sétima arte. Misturando cyberpunk e kung-fu numa distopia onde a humanidade se tornou refém das máquinas, "Matrix", a grande obra das irmãs Lilly e Lana Wachowski, conquistou público e crítica, com quase meio bilhão de dólares de bilheteria e quatro Oscars, além dos prêmios de melhor direção e melhor filme de ficção científica do Saturn Awards, uma espécie de Oscar dos filmes de sci-fi e fantasia. 

Grande parte do que tornou Matrix um filme tão especial era o seu espírito inovador. Ainda que as narrativas de cyberpunk, com sua visão de um futuro distópico dominado pela tecnologia, já tivessem chegado ao cinema com filmes, como "Blade Runner", a ideia de que vivemos todos dentro de uma grande simulação, aliada a uma mitologia e narrativas próprias, fascinou pessoas ao redor do mundo. 

E, acima de tudo, Matrix foi inovador nas suas tecnologias. O desenvolvimento de ferramentas, como o "bullet time", que criava a sensação de "parar o tempo" em algumas cenas, somado a um uso de CGI muito acima do esperado na época, permitiu que o filme tivesse um aspecto visual totalmente diferente das outras produções da época, que impactou qualquer pessoa que estava numa sala de cinema vendo Neo desviar das balas do Agente Smith. 

Mas o que o filme Matrix tem a ver com a Petrobras? 

Não, ainda não temos funcionários usando bullet time nas plataformas - ainda que o macacão laranja te faça pensar na gente quase tanto quanto o sobretudo de couro te faz pensar em Matrix -, mas não tem como negar que os temas de tecnologia, automação e energia, que são centrais na obra das irmãs Wachowski, também são pra lá de importantes pra gente por aqui. A diferença é que, se para elas as máquinas eram inimigas que precisavam ser combatidas, nós trabalhamos para que o uso das novas tecnologias seja o mais positivo possível para as pessoas, dentro e fora da empresa.  

Em Matrix os supercomputadores controlavam uma simulação que dominava os seres humanos? Aqui temos sim supercomputadores, mas eles são usados para cálculos complexos, garantindo mais eficiência na nossa produção, tendo contribuído até com nossos esforços no combate à COVID, durante a pandemia. Já a simulação? Apenas para simular cenários de refinarias e conseguir assim prevenir erros e falhas antes que eles aconteçam. Tecnologia que por sinal é conhecida como "digital twins", e você sabe onde também tínhamos "gêmeos virtuais?". Sim, na franquia Matrix. 

Se nos filmes os robôs eram máquinas cruéis que tentavam dominar o mundo, aqui eles estão nos protegendo e garantindo a nossa segurança. Seja nosso robô para inspeção de dutos submarinos, ou nosso robô-bombeiro, eles não estão perseguindo ninguém em Zion e sim garantindo que pessoas não precisem ser expostas a ambientes de risco, realizando tarefas essenciais de maneira segura e eficiente. 

E nem precisamos falar que, se a questão da energia em Matrix é um tanto quanto complicada, com baterias humanas sustentando a tirania robótica, nós da Petrobras preferimos trabalhar com outras fontes energéticas e buscamos que elas sejam cada vez mais sustentáveis. Para que plugar cabos na nuca de alguém quando você pode realizar uma transição energética justa, apostando na descarbonização da produção de combustíveis fósseis, na eficiência energética e na pesquisa e desenvolvimento de fontes renováveis, como solar e eólica, e outras opções ainda mais benéficas para o meio ambiente, num ritmo seguro e que não deixe ninguém pra trás?  

Então, ainda que Matrix tenha feito história ao nos alertar sobre os perigos da tecnologia e a necessidade de questionar a sua própria realidade, nós acreditamos que é possível sim usar a tecnologia de forma positiva e, com o trabalho e a energia das pessoas – no bom sentido –, mudar para melhor a realidade em que a gente vive.