Há algumas décadas, os computadores ainda pareciam um conceito de ficção científica, usados para comandar missões espaciais e proteger dados secretos. Atualmente, usamos essas máquinas para aprimorar nosso futuro.
Hoje em dia, nossa rotina é repleta de diferentes tipos de computadores. Você provavelmente trabalha em um computador, pede comida com um tipo de computador, assiste a filmes em um computador… Mas se praticamente tudo é um computador — os celulares, os relógios inteligentes, as televisões —, o que seria um supercomputador?
Se os computadores que temos em casa são cada vez mais potentes e realizam cada vez mais operações ao mesmo tempo, o que esses computadores teriam de tão especial assim pra serem chamados de super? Descubra a seguir!
O que é um supercomputador?
Um supercomputador tem uma imensa capacidade de processamento e de memória. Se um computador normal tem, por exemplo, 20 gigaflops (sendo “flops” a unidade de potência computacional de uma máquina), um supercomputador pode ter vários petaflops de potência. Uma imensa diferença se você levar em conta que um giga representa um bilhão de flops e um peta representa um quatrilhão de flops.
Complicado pensar em termos de flops? Um exemplo mais prático, então: o nosso supercomputador “Pégaso”, que foi eleito em 2023 como o maior e mais ecoeficiente supercomputador da América Latina, foi desenvolvido com a capacidade de processamento de seis milhões de telefones celulares ou de cento e cinquenta mil laptops modernos.
Para entender um pouco mais sobre a grandiosidade dessas máquinas, veja algumas curiosidades sobre o nosso Pégaso:
Quando estiver em plena produção, o Pégaso terá um consumo máximo de 1,5 MW, o que equivale ao consumo anual de uma cidade de 6.800 habitantes.
Se fosse instalado em uma única fileira, o equipamento teria mais de 35 metros de comprimento, o equivalente a duas baleias jubarte.
Seu peso é de 30 toneladas.
O investimento no supercomputador foi de aproximadamente R$ 300 milhões.
Como funciona um supercomputador?
Além de processar uma infinidade de informações em uma velocidade incrível, os supercomputadores fazem cálculos avançados em questão de segundos e processam algoritmos que envolvem equações matemáticas complexas, com um volume imenso de dados.
Sendo assim, parece impossível criar um supercomputador próprio em casa, não é? Na verdade, isso é quase possível, mas em menor escala. Em parceria com a Petrobras, o canal Manual do Mundo ensinou a criar um “minissupercomputador”:
Quais são os principais usos dos supercomputadores?
O uso de supercomputadores é quase sempre direcionado para pesquisas específicas, usando seu alto desempenho e sua capacidade de processar informações em uma velocidade incrível para realizar cálculos complexos, os quais envolvem um volume imenso de dados.
Por aqui, na Petrobras, temos vários supercomputadores que estão entre os maiores do mundo, como o Pégaso, o Dragão, o Atlas e o Fênix. Essas máquinas são usadas para aprimorar a nossa produção de óleo e gás, processando dados geofísicos usados durante a exploração e aumentando a nossa precisão em atividades como a perfuração de poços de petróleo, por exemplo.
Nossa máquina Santos Dummont — que também já liderou a lista de maiores supercomputadores da América Latina — foi desenvolvida para auxiliar em pesquisas em inteligência artificial, a partir de ferramentas de transformação digital baseadas em identificação de padrões por meio de algoritmos.
Também são essas tecnologias que permitem que a gente analise e processe os dados da Sísmica 4D, por exemplo.
Evolução da tecnologia sísmica, executada por nossos supercomputadores.
Além disso, também usamos nossa capacidade computacional para contribuir para outras pesquisas, como o Projeto Folding@home, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Com nossa ajuda, esse projeto realizou importantes descobertas sobre o comportamento do coronavírus no corpo humano, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas.
Os supercomputadores da Petrobras também são ecoeficientes?
Sim! Exemplo disso é o nosso supercomputador Pégaso, que, em 2022, não era “apenas” o maior da América Latina em capacidade de processamento, mas também o mais ecoeficiente.
O Pégaso fica localizado em um Centro de Processamento de Dados (CPD) que só usa energia limpa e tem um ambiente de refrigeração customizado, o que aumenta sua eficiência energética.
Isso mostra que se hoje operamos os maiores supercomputadores da América Latina, é porque olhamos para o futuro e sabemos como transformar desafios em resultados. E é com a ajuda de supermáquinas de alto desempenho e de outras diversas inovações que estamos conseguindo transformar nossa energia para aumentar a eficiência de nossas operações e, também, criar novas oportunidades e negócios.
