Valor

O que o futuro reserva para o campo de Tupi?

Já estamos desenvolvendo iniciativas para revitalizar o nosso maior campo em produção antes do seu declínio

É um tanto desconcertante estar habituado com alguma coisa – um trabalho, um relacionamento, um modo de fazer algo – e do nada ser surpreendido com uma mudança. Há quem lide bem e se adapte rápido, há quem resista e se apegue aos velhos costumes, mais cômodos, mais confortáveis. Só que nem sempre é possível continuar fazendo as coisas do mesmo jeito. Às vezes a mudança irá acontecer, não importa a nossa vontade. Às vezes tem que acontecer, para que o futuro seja mais promissor.  

A verdade é que sempre precisamos estar preparados para o que o futuro nos reserva. Para acompanhar os movimentos de mudança, precisamos continuamente nos transformar, antecipando cenários e tomando desde já ações para estarmos preparados quando for o momento. 

Quando falamos em campo de petróleo, muita gente pensa que o trabalho consiste apenas em perfurar um poço para extrair óleo e gás do reservatório. Mas há muitos fatores que precisam ser levados em consideração antes de definirmos o projeto de desenvolvimento da produção de um campo, como a estrutura geológica da jazida, como os fluidos se movimentam por dentro do reservatório ou qual a proporção de gás associado ao óleo, entre outros. Cada decisão é tomada a partir de um grande volume de dados, com uma meta principal em mente: aumentar a geração de valor, sempre com segurança, para que desenvolver esse campo seja cada vez mais rentável. 

 

Ninguém perfura o mesmo reservatório duas vezes 

Mas lembra que estamos falando de mudanças? No momento em que iniciamos a produção em um campo, trabalhamos com uma proporção X de óleo, gás e água no reservatório, mas, à medida que vamos injetando água ou gás para aumentar a pressão lá dentro e permitir a saída de mais óleo, essa proporção é alterada. Com o passar do tempo, a água e o gás que tanto nos ajudaram a extrair mais óleo, no início do desenvolvimento, começam então a limitar a produção. E as características originais do reservatório mudam. Como diria o filósofo Heráclito, ninguém perfura o mesmo reservatório uma segunda vez, pois quando isso acontece, ele já não é o mesmo. 

Ainda não chegamos a essa etapa de excesso de gás e água no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. Em mais de dez anos de produção intensa no campo, recuperamos apenas 5% de toda a jazida – o que demonstra todo o potencial ainda guardado no reservatório. Com um total de mais de 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) extraídos até o momento, o campo de Tupi é o maior em produção da Petrobras e seguirá nessa posição até 2024 – segundo nossas projeções.   

 

Prevenir é melhor do que correr atrás 

Só que isso não nos impede de pensar no futuro desde agora. Já estamos desenvolvendo diversas iniciativas para revitalizar esse campo ainda antes do início do seu declínio, buscando aumentar o percentual de óleo e gás que pode ser extraído (fator de recuperação) e, assim, ampliar a geração de valor do ativo para a companhia.  Como comparação, o mesmo vale para as manutenções preventivas rotineiras de carros, se você quiser aumentar sua vida útil, por exemplo. Você vai “dar uma geral” com frequência no seu carro ao invés de esperar pelos problemas, depois de anos rodando. 

É um plano com visão de curto e longo prazo. Nos próximos anos, vamos interligar novos poços aos sistemas de produção já em operação no campo de Tupi, e adotar amplamente a tecnologia de injeção alternada de água e gás, conhecida pela sigla em inglês WAG (Water Alternating Gas), para manter a pressão e fazer o melhor gerenciamento dos fluidos do reservatório. E nos preparamos para o futuro com uma visão abrangente, desafiando o desenvolvimento de novas tecnologias de baixo custo e alta confiabilidade que nos permitam aumentar ainda mais o fator de recuperação do campo. 

 

Nossa capacidade de inovar não tem limites 

Para um ativo gerar mais valor para a companhia, mesmo em um cenário mais desafiador ou em um contexto de queda do preço do barril, cada sistema, cada unidade, cada equipamento precisa gerar um maior retorno com menor investimento. Economicidade é a chave aqui. E as tecnologias são o caminho para reduzirmos custos ao mesmo tempo em que aumentamos a produtividade –  dessa forma, ampliamos a vida econômica de um campo ao mantê-lo viável até mesmo depois da produção começar a diminuir. 

Assim como no passado desbravamos fronteiras tecnológicas para produzir no pré-sal, prosseguimos em uma jornada contínua de avanço tecnológico para tornar nossas atividades cada vez mais eficientes e sustentáveis no futuro. Quando chegamos a um novo patamar de inovação até então jamais visto na indústria, não nos acomodamos. Estamos sempre pesquisando e estudando novas soluções, no nosso centro de pesquisas e desenvolvimento tecnológico, em parceria com outras empresas ou instituições acadêmicas.  Sempre nos desafiamos. Abraçamos as mudanças: elas nos motivam a evoluir sempre e a construir a nossa história nos anos que vêm pela frente. 

 

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#pré-sal #petróleo
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