Tecnologia

Telégrafo: a tecnologia que andou para que a nossa internet pudesse correr

Ainda que seja uma invenção relativamente recente - a World Wide Web como nós conhecemos só se tornou aberta ao público nos anos 90 - a internet já se tornou uma parte essencial da vida de grande parte de nós. Fazemos compras pela internet, estudamos pela internet, assistimos filmes pela internet e levamos no bolso um dispositivo, o telefone celular, que nada mais é do que um pequeno computador que passa o dia todo conectado nela, a internet. 

Mas você sabia que antes de tanta internet houve uma época em que o sistema mais rápido de comunicação era bem menos prático e envolvia não digitar as letras numa telinha mas sim conhecimentos de código morse e cabos pelo fundo do mar? 

Uma imensa inovação numa era de muitas descobertas 

Vivemos numa era de comunicação em tempo real. Você pode morar no Brasil e sua família no Japão, mas se vocês tiverem acesso à internet de boa velocidade, podem se falar por vídeo com a mesma facilidade com que vizinhos se falam pessoalmente. Mas em 1800 as coisas não eram bem assim. 

Tendo como principal tecnologia de comunicação o chamado telégrafo semafórico, um recado gastava 15 minutos para ser transmitido a uma distância de 150 quilômetros, tudo isso através de um complexo sistema envolvendo torres em locais altos que exibiam pequenas placas com mensagens codificadas, que eram traduzidas por operadores usando lunetas em outras torres localizadas em outros locais altos. Sim, o sistema mais ágil de comunicação consistia no equivalente a segurar um texto no alto de um prédio e torcer pra pessoa no alto do outro prédio conseguir enxergar. 

Parece precário demais pra você? Pois também pareceu para Samuel Morse, que em 1837 apresentou ao mundo uma nova versão do telégrafo, dessa vez um sistema que transmitia mensagens através do envio de correntes elétricas acionadas por um interruptor. Essas correntes, que poderiam ser longas ou curtas, eram traduzidas através de um sistema binário onde cada letra era formada por uma combinação específica de pontos e traços, que Samuel, humildemente, batizou de "Código Morse". 

Uma grande ideia, com alguns oceanos no meio 

Mas se o telégrafo elétrico representava um avanço imenso em relação aos antigos sistemas de comunicação, ele ainda possuía um problema: por consistir na transmissão de impulsos elétricos, ele dependia de uma rede elétrica e de cabos elétricos. E foi nisso que Morse começou a trabalhar, com a construção de uma rede ligando Baltimore a Washington em 1844, a ligação entre as duas costas americanas em 1861. 

Mas e a comunicação intercontinental? Afinal, em terra você pode apenas subir postes, mas e quando um oceano separa os interlocutores? Aí entram os cabos submarinos, estabelecidos a partir de 1850 e levados por navios que cruzavam os continentes carregando imensas extensões de cabos para conectar partes distantes do mundo - um navio visando conectar a Europa e a América do Norte chegou a sair da Irlanda com mais de 4500 kms de cabos. 

Chegando ao Brasil rapidamente após sua invenção, o primeiro sistema de telégrafo elétrico foi instalado em 1857 entre Petrópolis e o Rio de Janeiro, como uma extensão de 50 kms de cabos, sendo 15km submarinos, na Baia de Guanabara. 16 anos depois cabos já ligavam o Rio a Belém, Recife e Salvador, e em 1874 o Brasil já tinha contato telegráfico com o continente europeu. 

Cabos do passado que ajudaram a construir o futuro 

Mas qual a conexão desses cabos submarinos da época do código morse com a internet super-rápida que você tem acesso hoje em dia? Pra descobrir é só acessar o novo vídeo da série “SuperTech” do Manual do Mundo, uma parceria com a Petrobras que fala de algumas das tecnologias mais interessantes da atualidade e dessa vez te explica todo o caminho que os seus dados fazem pela internet. O vídeo do episódio completo esta abaixo e também no canal do Manual do Mundo no Youtube.

E quer saber mais sobre como a Petrobras atua na área de inovação e todas as tecnologias com que a gente está envolvido? É só clicar aqui

 

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