A animação brasileira vem evoluindo e vive uma década de muitas realizações. Seja na televisão ou na internet, para crianças ou adultos, seja “Peixonauta” ou “O Menino e o Mundo”, os animadores brasileiros vem conquistando destaque aqui dentro e lá fora. Mas até eles chegarem nesse ponto, foi uma longa história.
1) Uma história que começou em 22 de janeiro de 1917, com o lançamento do primeiro filme de animação brasileiro, Kaiser, realizado por Álvaro Martins. Essa obra pioneira chegou até a ser exibida nos cinemas mas infelizmente não foi preservada, restando dela atualmente apenas um fotograma.
2) Já o primeiro longa-metragem só foi sido lançado décadas depois, em 1953, quando chegou aos cinemas “Sinfonia Amazônica”, de Anélio Latini Filho, num trabalho que demorou seis anos para ser realizado – mas se tornou um grande sucesso de público
3) Isso tudo na época do preto e branco, claro, já que o primeiro curta-metragem de animação em cores do Brasil, só foi lançado em 1966, quando Wilson Pinto, em parceria com a Petrobras, desenvolveu “Um Rei Fabuloso”, sobre a história do Petróleo no Brasil.
4) Já nos anos 80 foi a vez da nossa animação ganhar o mundo, quando “Meow”, de Marcos Magalhães, levou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes de 1981.
5) E se ela brilhava lá fora, a nossa produção também crescia aqui dentro, com “Boi Aruá”, de 1985, o primeiro longa de animação produzido fora do eixo Rio-Sâo Paulo, com estética de cordel e foco na cultura popular, realizado pelo baiano Francisco Liberato.
6) Mas além de premiada e artística, nossa animação também se mostrou lucrativa, como ficou provado em “As Aventuras da Turma da Mônica”. A animação com os personagens de Maurício de Sousa foi um sucesso nos anos 80 e até hoje é a maior bilheteria da animação nacional, com mais de 1 milhão de espectadores nos cinemas.
7) Já os anos 90 foram marcados pelo pioneirismo de obras como “Cassiopeia”, que, comandada pelo animador Clóvis Vieira, disputou com “Toy Story” o título de primeiro longa totalmente gerado em computador, e, ainda que com um orçamento 20 vezes menor, foi lançado apenas três meses depois da produção americana.
8) Mas a força feminina também se fez presente, com Rosana Urbes se tornando a primeira brasileira a receber um prêmio internacional de animação, por “Guida”, duplamente premiado no festival de Annecy, na França.
9) Em 2016 veio mais um sinal de prestígio global: “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu e com patrocínio da Petrobras, foi indicado ao Oscar de Melhor Animação, além de ser exibido em mais de 50 festivais e vendido para quase 100 países.
10) E se lá fora o respeito só aumentava, aqui dentro o sucesso, principalmente da animação infantil, explodiu, com realizações como a TV Pinguim de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, responsável por “Peixonauta” e “O Show da Luna”, produções exibidas em mais de 80 países, além do longa-metragem “Tarsilinha”. Outros exemplos de sucesso são a “Galinha Pintadinha”, de Juliano Prado e Marcos Luporini, que se tornou o maior canal de animação infantil do Youtube, e o “Mundo Bita” de Chaps Melo, que já ultrapassou a marca de 1 bilhão de visualizações.
Por isso nós da Petrobras, que já fomos parceiros de diversos momentos marcantes da animação brasileira, queremos continuar incentivando essa criatividade, dessa vez com foco na imaginação das nossas crianças. E para isso está no ar a nossa chamada do Petrobras Cultural para animações infantis, de curta e média-metragens direcionadas para os pequenos e pequenas de até seis anos de idade. Quer saber mais sobre essa iniciativa? Clique aqui. Conhece alguém que trabalhe com animação? Envie para ele esse texto.