Há 30 anos, a Petrobras é a maior parceira do cinema brasileiro

Do cinematógrafo ao streaming: uma breve história do cinema.

Atualizado em 19/11/2025

Postado em 18/11/2025

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"A Chegada do Trem na Estação". O filme exibido pelos irmãos Lumière, em Paris, em 28 de dezembro de 1895, é considerado o marco inicial do cinema. Naquela época, apenas uma curiosidade científica, que com o passar do tempo evoluiu para se tornar entretenimento, arte e um dos grandes setores da indústria cultural.

Ao longo do século XX, o cinema, palavra que deriva do primeiro projetor, o cinematógrafo, passou por grandes transformações, como a introdução da cor, do som, e da chegada das tecnologias digitais.

No século XXI, o avanço das tecnologias digitais e o surgimento da Inteligência Artificial, impactaram bastante a maneira de fazer cinema, com recursos que parecem coisa de ficção científica. A chegada das plataformas, não as de trem, mas as de streaming, levaram o cinema para além das salas de exibição. Nesses tempos modernos, a indústria do audiovisual, em especial a do cinema, se transformou em uma das maiores forças econômicas no Brasil e no mundo.

Patrocínio que é sucesso de público e de crítica

Há 30 anos, a Petrobras embarcou nesse trem e ajudou a colocar nosso cinema nos trilhos. A primeira estação dessa viagem foi o patrocínio de “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (1995). O filme, considerado o precursor do “Cinema de Retomada”, lotou as salas e ajudou a reviver o interesse pelo cinema nacional. De lá para cá, foram mais de 600 filmes patrocinados, entre curtas, médias e longa metragens, documentários, ficções e animações.

A atriz Marieta Severo, como Carlota Joaquina, em traje vermelho, com um leque na mão, em frente a uma paisagem que divide um mar tempestuoso com um navio e montanhas de gelo na parte superior e um céu com nuvens na parte inferior.
A atriz Marieta Severo em "Carlota Joaquina, Princesa do Brazil".

A companhia tem sido a locomotiva que movimenta os vagões dessa retomada, investindo na produção, distribuição e restauro de obras, que fazem parte da memória cultural nacional. Na manutenção de espaços culturais, como o Espaço Petrobras de Cinema, localizado na icônica Rua Augusta, em São Paulo (SP). Na iniciativa "Sessão Vitrine Petrobras", que viabiliza a exibição de filmes a preços acessíveis em diversas cidades do Brasil, ampliando o alcance do cinema nacional. E na realização de festivais em todo o país, como os de Brasília (DF), São Paulo, Gramado (RS), Bonito (MS), Tiradentes (MG) e de São Miguel do Gostoso (RN).

Agora, três décadas e muitas estações depois, essa parceria continua firme com investimentos previstos em cinema no patamar de R$ 100 milhões até 2027. Recursos que vão fortalecer toda a cadeia produtiva do nosso audiovisual, gerando emprego e renda, além de ajudar a levar histórias brasileiras para serem contadas e conhecidas, em nosso país e pelo mundo afora.

Prêmios e reconhecimento internacional

A indústria do audiovisual no Brasil vem ganhando reconhecimento internacional nos últimos anos, com vitórias em premiações importantes, como o Globo de Ouro e o Oscar. Mais recentemente, o filme O Agente Secreto, com distribuição nos cinemas patrocinada pela Petrobras, conquistou dois prêmios no Festival de Cannes (melhor ator – Wagner Moura – e melhor diretor – Kleber Mendonça Filho). O setor não está sob os holofotes apenas fora do país: nosso audiovisual vem ganhando destaque na economia brasileira.

O ator Wagner Moura, usando uma camisa azul clara parcialmente desabotoada, está encostado em um poste vermelho em um cenário rural com um canavial ao fundo e um céu parcialmente nublado.
O ator Wagner Moura em cena do filme "O Agente Secreto".

Na indústria cinematográfica, a geração de empregos se estende por várias fases: Pré-produção: roteiristas, diretores, produtores, diretores de arte, figurinistas e outros profissionais. Produção: equipes de filmagem (câmera, som, iluminação), atores, maquiadores, técnicos e equipe de apoio no set. Pós-produção: editores, especialistas em efeitos visuais, coloristas e técnicos de mixagem de som. Exibição e distribuição: trabalhadores de salas de cinema, pessoal de marketing e distribuidores. Sem contar a participação do agronegócio, no fornecimento do milho para aquelas pipocas deliciosas. Companhia perfeita para qualquer sessão. Isso sem falar nas janelas posteriores de exibição, que são as exibições em formatos que variam de streaming, canais de tv, sites e até programação de companhias aéreas.

Arte, técnica, criatividade, tecnologia e inovação

Hoje, quem trabalha no audiovisual está no centro de uma das profissões que mais crescem no Brasil. Essa indústria mistura arte, técnica, criatividade, tecnologia e inovação. De acordo com pesquisa da consultoria internacional Oxford Economics, divulgada em outubro de 2025, com base em dados do IBGE, o setor audiovisual tem se tornado essencial para a economia brasileira. Os dados mostram que, em 2024, o setor gerou um impacto total estimado em R$ 70,2 bilhões para o PIB e gerou 608.970 empregos.

O estudo mostra que o audiovisual brasileiro representou cerca de 0,7% do PIB brasileiro no ano passado. Na sequência, seguiram outros setores como a indústria têxtil (entre 0,55%), a indústria extrativista (0,5%) e a indústria farmacêutica (0,2%). Também revela um efeito multiplicador significativo: a cada R$ 10 milhões gerados diretamente pelo setor audiovisual, há uma contribuição adicional de R$ 12 milhões ao PIB. Além disso, para cada trabalhador direto na indústria, as despesas e atividades do setor sustentam outros quatro empregos em diferentes áreas da economia brasileira.

Esses resultados, em boa parte, se devem ao sucesso de bilheteria do cinema nacional em 2024, que contou com a influência do lançamento de Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de Filme Internacional, e terceiro filme mais visto do ano em nosso país. Segundo dados do Ingresso.com, uma das maiores plataformas de ingressos no país, de maio de 2024 a maio de 2025, a bilheteria dos filmes brasileiros cresceu 197%, o melhor resultado desde o começo da pandemia.

Com a renovação da parceria de três décadas com o cinema nacional, a Petrobras reafirma o seu compromisso com a cultura, a identidade, a memória e o desenvolvimento do Brasil.

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