Ainda que as mulheres representem a maioria da população brasileira, com 51,5% dos habitantes do país, segundo o censo de 2022, elas não estão presentes no mercado de trabalho na mesma proporção, sendo apenas 43% das pessoas que exercem atividades profissionais remuneradas no país. Além disso, a presença feminina no mercado de trabalho não é igualmente distribuída entre os diversos setores e escalões, com um grande número de mulheres em áreas como educação e serviços, mas poucas nos altos cargos e nas posições de chefia das diversas áreas produtivas.
Isso se deve a uma série de fatores, que passa por questões estruturais da nossa sociedade e que leva não apenas a oportunidades desiguais como também a várias situações de desconforto, constrangimento e até mesmo assédio em ambientes de trabalho.
E foi pensando em não apenas aumentar a presença feminina como também garantir suas melhores condições de trabalho em uma das nossas principais áreas de atividade, que é o alto-mar, chamado também de offshore, que assinamos, com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), um convênio para o Projeto “O Mar Também É Delas".
A iniciativa, coordenada pelo IBP em parceria com a nossa área de E&P, irá se basear numa pesquisa de opinião realizada com mulheres que já trabalham embarcadas para ouvir suas experiências e conhecer os desafios que enfrentam para desempenhar suas atividades offshore. A partir daí, um plano de ação será elaborado para não apenas solucionar as dificuldades das profissionais que já atuam no setor como também reduzir barreiras para a entrada de outras trabalhadoras.
Além disso, serão realizadas ações de comunicação para garantir a visibilidade de todo o processo, além da assinatura de um pacto por ações de enfrentamento dos desafios identificados e a criação e entrega do prêmio "O Mar Também é Delas", como reconhecimento para as profissionais que se destacam no setor.
Com isso acreditamos que será possível oferecer não apenas igualdade de oportunidades para todos, como também bem-estar e qualidade na rotina feminina nas plataformas e sondas, dentro de um ambiente e condições propícias para que todos realizem seu trabalho em alto nível.
“Nosso propósito é aumentar as oportunidades para mulheres trabalharem no ambiente offshore, e, ao mesmo tempo, dar mais voz ao público feminino, ampliando as ações de inclusão nas atividades de E&P – transformando essas ações num compromisso da indústria de petróleo e gás como um todo. Para se ter ideia apenas 8% das mulheres da área de E&P trabalham no ambiente offshore. Há um potencial de crescimento, mas há necessidade de criar ações afirmativas efetivas e contundentes”, disse a gerente executiva de Gestão de Parcerias e Processos do E&P, Ana Zettel.
“Queremos que cada vez mais mulheres desbravem as águas da nossa indústria de óleo e gás. Todo ambiente é mais saudável, produtivo e inclusivo quando há diversidade na equipe. A maior presença feminina será fundamental para ampliar a riqueza de olhares e para construir melhores resultados para todo o setor de energia. A equidade de gênero é um compromisso da Petrobras, e convidamos as demais empresas para se juntarem a nós nessa onda de transformação social e laboral”, declarou a nossa Diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da, Renata Baruzzi, reforçando nossa intenção de contribuir com uma onda de transformação que vá além da nossa empresa.
O que também é a expectativa do IBP. “Com a colaboração das empresas, vamos somar forças para fomentar um ambiente diverso, seguro, inclusivo e de igual oportunidade para todos. Esse movimento conjunto impulsionará uma maior participação feminina em um dos segmentos fundamentais para a nossa indústria”, acredita o Presidente do Instituto, Roberto Ardenghy.
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