Energia. Não podemos vê-la, mas sabemos que ela existe e conhecemos seus efeitos. Desde a física quântica até as artes e a filosofia, sua força sempre foi objeto de questionamentos, estudo e até de poesia. Seu uso gera evolução e conhecimento e, ao longo da História, o homem transforma as fontes já disponíveis na natureza para gerar ainda mais energia. Para utilizá-la na era medieval, construiu moinhos de vento e, no século XVIII, inventou a máquina a vapor, mudando para sempre os rumos da economia. E essa busca não para. Afinal, a energia está em tudo que nos cerca e é através dela que movimentamos o mundo.
Para nós, ela é a razão de ser. Somos uma empresa de energia com foco em óleo e gás. A origem, petróleo, é finita, e por isso buscamos estar atentos a novas fontes pensando no futuro. Venha conhecer um pouco do fazemos hoje para saber como você pode nos ajudar nessa área de novas energias.
Sol, vento, movimento do mar… queremos continuar buscando energia nos elementos da natureza para criarmos mais.
Espera-se que no mundo a energia renovável, principalmente a solar fotovoltaica e a eólica, supra 30% da demanda por energia elétrica em 2023. “Em linha com uma das estratégias do nosso Plano de Negócios e Gestão (PNG), que prevê preparar a companhia para um futuro baseado em uma economia de baixo carbono, temos um projeto de pesquisa proposto para até 2022. Será a primeira planta-piloto eólica do Brasil em alto-mar, no polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte”, anuncia Fabrício Zorzanelli, da área de Eficiência Energética do nosso Centro de Pesquisas (Cenpes).
Hoje contamos com quatro parques eólicos em terra, no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada total de 104 MW. Além disso, temos uma planta-piloto de geração fotovoltaica instalada no Alto do Rodrigues, também no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada de 1,1 MW. É assim que estamos nos preparando para o futuro.
Mas uma das principais questões, quando falamos de energias renováveis ligadas diretamente ao clima de uma região, é a intermitência. Pergunte a alguém de férias em uma cidade praiana como foi seu dia com chuva ou quase sem sol. Ou a um velejador sobre um dia com pouquíssimo ou nenhum vento. A resposta provavelmente vai ser negativa. Por isso, precisamos encontrar mecanismos para aumentar a eficiência de armazenamento da energia produzida a partir dessas duas fontes da natureza. Queremos soluções que facilitem o desenvolvimento de plantas híbridas que não nos deixem na mão quando o tempo virar. “As soluções podem ser adotar novos materiais, aumentar o desempenho de baterias à base de chumbo ácido substituindo materiais tradicionais por grafeno ou desenvolver um software que use a ciência de dados”, explica Fabrício Zorzanelli.
A transformação digital pode ser uma aliada poderosa.
Inteligência artificial
Quando o Netflix, o Youtube ou o Spotify recomendam filmes de ação, séries de suspense, vídeos de culinária ou um determinado estilo de música, estão sendo usadas técnicas de inteligência artificial. Isso porque existe uma ferramenta que analisa seu comportamento e seus interesses gerando um padrão com as informações dos tipos de conteúdo a que você normalmente assiste. A partir desses modelos, são feitas recomendações na sua página inicial.
Outro exemplo são as compras on-line. Quando você adquiriu determinado produto (uma geladeira ou um sapato), uma ferramenta analisa seu comportamento de compra e identifica, por meio da análise de certas características ou do uso de determinadas palavras, quais mercadorias poderiam ser do seu interesse. É assim que, de repente, você passa a ver anúncios de eletrodomésticos ou recebe antecipadamente uma informação sobre promoção de calçados.
Nosso desafio é, através da inteligência artificial, analisar imagens de satélites e de câmeras locais e prever, com antecipação, as condições climáticas, as possíveis mudanças meteorológicas ou o comportamento das nuvens. Esses fatores poderiam ser responsáveis pela interrupção ou pela oscilação na produção de energia. Buscamos um sistema que crie modelos e minimize os impactos da intermitência da geração fotovoltaica a partir dessa previsão.
Big data
Coletar e analisar grandes volumes de dados variados em altíssima velocidade: essa é a grande inovação do big data. É por conta desse sistema que você consegue colocar uma palavra em um buscador como o Google e obter, em menos de um segundo, os resultados mais relevantes a partir de uma palavra-chave.
Com big data, queremos aumentar a produção e a segurança operacional. Como? Através de um sistema inteligente de monitoramento e avaliação, em tempo real, do desempenho e da disponibilidade dos sistemas de geração eólicos e solares, identificando rapidamente as causas de paradas, as perdas de desempenho e outras variações. Ou seja, coletando e analisando em alta velocidade os dados enviados pelos sistemas.
Machine learning
A tradução pode ser aprendizado da máquina, ou seja, é a capacidade dos computadores de “aprender” sem terem sido necessariamente programados. Essa técnica já é usada na medicina, pois, a partir de parâmetros clínicos e suas combinações, as máquinas podem detectar evidências que forneçam um diagnóstico de doenças.
Com machine learning queremos antecipar as paradas na operação em sistemas de produção de energia solar ou eólica. Um sistema preditivo contribuirá para o planejamento mais preciso e de menor custo das manutenções preventivas em usinas na busca por um fornecimento de energia elétrica contínuo e estável.
Robótica
Desde um robô que faça limpeza no chão e arrume caixas em prateleiras até um que faça cirurgias, a robótica já está presente no nosso dia a dia. Em nossas operações, queremos que ela seja uma aliada na inspeção e manutenção de equipamentos em áreas de difícil acesso, que demandam uma grande exposição do homem ao risco. Com dispositivos autônomos como robôs e drones, poderemos inspecionar os aerogeradores e fazer a manutenção de torres de geração de energia eólica.
Instalações e equipamentos precisam de energia para operar e, no fundo do mar, temos verdadeiras cidades submarinas. Lá existem dutos cujas vibrações precisam ser monitoradas constantemente para acompanhar sua degradação. Para que consigamos aumentar a vida útil de nossas instalações, existem sensores que necessitam de energia para fazer esse monitoramento. Mas, muitas vezes, os dutos estão em locais remotos, onde não há disponibilidade para chegar um cabo elétrico ou o equipamento ainda não está conectado à plataforma. Soluções que envolvam a captação da energia ambiente, como as correntezas marítimas são, portanto, fundamentais para manter a autonomia de funcionamento desses sensores que consomem até 10W.
Outra alternativa para a captação de energia em ambiente submarino seria através da iluminação artificial fornecida por veículos chamados de ROV (remotely operated vehicles). Os sensores submarinos autônomos aproveitariam essa luz artificial enquanto o veículo estivesse disponível no local, reduzindo a necessidade de grandes bancos de bateria ou a sua troca periódica.
Parceria da Petrobras com o Sebrae, o projeto tem como objetivo estimular o ecossistema de inovação das startups, pequenas empresas inovadoras e instituições de ciência e tecnologia, promovendo o desenvolvimento de soluções tecnológicas para os negócios de petróleo, gás natural e energia. O edital prevê o financiamento de até dez projetos, em seis diferentes áreas, com valores que vão de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão, totalizando R$ 10 milhões nessa etapa.
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