Conheça o Monai, o poço de petróleo mais profundo do Brasil
Com muita tecnologia, a Petrobras perfurou o poço mais profundo do Brasil. Descubra mais sobre os recordes e desafios da perfuração do poço Monai!
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Poço Monai, da Petrobras, é o poço de petróleo mais profundo do Brasil!
A 145 km da costa, a perfuração do poço exploratório de petróleo pioneiro do bloco ES-M-669, no pré-sal da Bacia do Espírito Santo, bateu diversos recordes.
A perfuração do poço Monai foi um marco na indústria de exploração de petróleo no Brasil e reflete o foco da Petrobras em segurança, eficiência, tecnologia e geração de valor.
Descubra mais sobre os recordes e desafios da perfuração do poço exploratório Monai.
Onde fica o poço mais profundo do Brasil e qual é sua profundidade?
Perfurado a 145 km da costa, o poço mais profundo do Brasil fica localizado no pré-sal da Bacia do Espírito Santo, em uma região conhecida como Monai, figura mitológica da cultura Guarani.
O poço exploratório Monai foi perfurado pela Petrobras em um local com lâmina d’água (distância entre a superfície da água e o fundo do mar) de 2.366 metros. A profundidade recorde total do poço é de 7.700 metros, o que equivale a 1,3 vez a altura do Monte Kilimanjaro, montanha mais alta da África!
O recorde anterior de profundidade era do poço conhecido como Parati, um dos precursores da descoberta do pré-sal, perfurado em 2005, na Bacia de Santos, com 7.630 metros.
Qual é a diferença entre poço produtor e poço exploratório
Diferentemente de um poço produtor de petróleo, um poço exploratório tem como objetivo obter informações sobre as características das rochas perfuradas, sua geologia, pressões existentes e presença de reservatórios com petróleo ou gás.
As informações geológicas obtidas em áreas de fronteira exploratória, como é o caso do Monai, trazem um importante conhecimento estratégico para nós, já que também subsidiam o aprimoramento dos estudos e modelagens para outras áreas e bacias.
A perfuração do poço pioneiro Monai obteve todas as informações geológicas esperadas para a avaliação adequada da área, e os dados obtidos foram usados para ajudar a definir o futuro do bloco ES-M-669, adquirido em 2013.
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Em média, a quantos metros de profundidade fica o petróleo?
Para entendermos melhor por que a perfuração do poço Monai é tão importante para os setores nacional e global de petróleo, é preciso fazer uma comparação com os demais poços perfurados. Em relação à profundidade, a produção de óleo offshore pode ser feita em águas rasas, profundas ou ultraprofundas.
- Águas rasas: profundidade d’água até 300 metros.
- Águas profundas: áreas com lâmina d’água, em geral, entre 300 e 1.500 metros.
- Águas ultraprofundas: áreas com lâmina d’água, em geral, acima de 1.500 metros.
Quais foram os principais recordes do poço Monai?
Além de ser o poço mais profundo do Brasil, o Monai também superou outros recordes de perfuração. Ele tornou-se o poço com maior extensão de fase única (segmento) em poço vertical/direcional no país e, também, bateu o recorde de maior coluna de tie-back, um tipo de tubulação de aço que conecta um trecho de tubulação no fundo do poço à “cabeça” do poço, instalada no fundo do mar — o comprimento total é de 4.300 metros!
Outro importante recorde obtido pelo poço Monai foi o de maior espessura de camada de sal já perfurada, com 4.850 metros, o equivalente à altura de quase seis Burj Khalifa, arranha-céu mais alto do mundo. A espessura usual da camada de sal em poços de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, maior polo petrolífero pré-sal do planeta, gira em torno de 2.000 a 2.200 metros.
E os recordes não param por aí! O Monai também teve o maior peso de revestimento já descido em águas brasileiras, de 794 toneladas, o equivalente a cinco baleias azuis, animal mais pesado do planeta.
O revestimento é uma coluna de aço que reveste as paredes do poço para manter a sua estabilidade e integridade, evitando o desmoronamento das rochas para dentro do poço e atuando também como uma importante barreira de proteção contra vazamentos de fluidos para o meio externo.
Quais foram os principais desafios encontrados durante a perfuração do poço Monai?
Localizado em uma nova fronteira exploratória, a perfuração do poço Monai caracterizou-se por um cenário com expressivos desafios técnicos e alto nível de complexidade operacional.
Em geral, quanto mais profunda a perfuração, mais compactas e densas são as rochas existentes. Para efeito de comparação, a velocidade de perfuração próxima ao leito marinho atinge cerca de 100 metros por hora. Em horizontes muito profundos, como nas fases finais do Monai, a velocidade de perfuração cai para menos de 5 metros por hora.
A pressão em grandes profundidades, como as alcançadas pelo poço Monai, também traz um grande desafio para a perfuração segura do poço. Nesses horizontes geológicos tão profundos, a pressão atinge valores em torno de 17.000 psi, o equivalente a aproximadamente 1200 vezes a pressão existente na atmosfera terrestre a nível do mar ou a 500 vezes a pressão de ar em um pneu de carro de passeio.
E quais foram as tecnologias usadas pela Petrobras para superar esses desafios?
No projeto Monai, foram usadas tecnologias de ponta como sondas de perfuração com alta especificação técnica, brocas de perfuração de última geração e sistemas de perfuração avançados, como o Managed Pressure Drilling (MPD). O MPD consiste no gerenciamento de pressões no poço em tempo real, por meio da utilização de sensores, aumentando a eficiência e, principalmente, a segurança da operação.
Foi por meio do uso de tecnologias e da eficiência das equipes envolvidas que conseguimos uma diminuição de 50% do tempo de perfuração do poço, quando comparado com projetos dessa natureza e complexidade. Com a eficiência dos recursos, temos, ainda, uma redução de custos.
O projeto também contou com sistemas de vigilância operacional 24x7 a bordo e remoto, contribuindo decisivamente para a eficiência e a segurança operacional. Além disso, tanto no planejamento quanto na execução dos poços, temos feito intenso uso de lições aprendidas, novas tecnologias, automação e soluções digitais para garantir que as operações sejam realizadas com excelência.
Por que é importante perfurar novos poços de petróleo?
Para atender à demanda global de energia durante a transição energética para fontes mais sustentáveis, estamos investindo na reposição de reservas de petróleo e no desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias com a menor pegada de carbono possível.
Diante desse cenário, nosso plano estratégico 2024-2028 prevê a perfuração de 50 novos poços em áreas onde temos direito de exploração, em blocos adquiridos. Quer saber como fazemos isso?
Descubra mais sobre nossa exploração e produção de petróleo.
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