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Ainda que desenhos animados do Pernalonga e aquele filme da "Família Buscapé" possam dizer o contrário, petróleo não é algo que você encontra por acaso, quando faz sem querer um buraco no chão. 

E se encontrar petróleo, ainda mais nos dias de hoje, já é uma tarefa complexa, que exige não apenas muita pesquisa e alta tecnologia, imagine todo o trabalho de ir até lá retirar o petróleo que você encontrou? 

Por isso é tão impressionante uma conquista como o pré-sal.

Sabendo que os outros achavam impossível, ela foi lá e fez 

Isso porque o pré-sal é uma conquista técnica impressionante. Encontrar e retirar óleo que estava a mais de 7000 metros de profundidade, abaixo de uma espessa camada de sal, é algo que muita gente considerava impossível, ou imaginava que, mesmo se fosse possível, jamais seria rentável. 

E mesmo assim nós conseguimos. Fruto de anos de pesquisa, resultado de décadas de estudos e avanços nascidos através da inteligência e talento do brasileiro, que resultaram no primeiro óleo do pré-sal, produzido pela plataforma P-34, em plena Bacia de Campos, no dia 2 de setembro de 2008. 

Uma conquista histórica, mas que seria apenas o primeiro passo numa nova jornada rumo à energia que o Brasil precisa. 

Uma década e meia de uma nova fronteira energética 

Isso porque em 15 anos as plataformas se multiplicaram. Se antes contávamos com uma, hoje são 31 operando naquela camada, sendo 23 inteiramente dedicadas ao pré-sal, com mais 11 a serem instaladas nos próximos 4 anos.  

O que muitos imaginavam que não seria rentável, hoje atinge mais de dois milhões de barris de óleo equivalente por dia, correspondendo a mais de 1/3 da produção de toda a América Latina. Se o pré-sal brasileiro fosse um país, ele sozinho ocuparia o 11º lugar no ranking mundial, além de já ter atingido um patamar histórico de mais de 5,5 bilhões de barris retirados. 

E tudo isso por conta do pioneirismo e capacidade técnica envolvidos nessas operações. Em 13 anos, aceleramos em quase 3x a nossa velocidade de construção de poços, desenvolvemos tecnologias de perfuração e completação que foram premiadas dentro e fora do país e otimizamos custos operacionais, acelerando nossa produção. 

Ganha a Petrobras e ganha o Brasil 

Um sucesso que gera resultados para a Petrobras e também para o país. Entre 2008 e 2023, a Petrobras pagou cerca de U$ 63 bilhões em participações governamentais, entre royalties e participações especiais, associados diretamente à produção do pré-sal. Além disso, outros U$ 63 bi foram pagos ao estado, para aquisição de blocos e direitos em ativos da atividade, em um total de 126 bilhões de dólares em retorno do pré-sal para a sociedade civil. 

Isso sem falar, é claro, da importância dessas descobertas para garantir óleo e derivados para que o Brasil pudesse continuar crescendo e tendo acesso a energia que a nossa sociedade precisa. 

Passado que se conecta com o futuro 

Mas mais do que uma conquista do passado ou a garantia da nossa posição presente como um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o pré-sal é também uma ponte para o nosso futuro.  

Afinal, ele é uma das bases que irá nos ajudar numa transição energética justa, garantindo os recursos para que possamos investir em novas fontes de energia enquanto mantemos abastecido o nosso mercado e seguimos desenvolvendo as tecnologias necessárias para operar de forma cada vez mais segura e sustentável. 

Por isso, comemorar os 15 anos do pré-sal é celebrar também não apenas a capacidade e criatividade do brasileiro, como a nossa jornada rumo aos novos limites, sejam eles tecnológicos ou geográficos, da nossa busca pela energia que o país precisa.