5 autores negros que você precisa conhecer
Saiba mais sobre os escritores que moldam a narrativa literária brasileira e mundial e trazem à tona questões de identidade, racismo e luta por igualdade
Carolina Maria de Jesus autografando um livro
Dos pioneiros aos atuais, listamos nomes que se destacaram na missão de escrever e contribuíram de maneira singular para a construção da cultura brasileira. Reunimos diversos gêneros literários para oferecer opções para todos os gostos. Será que você já leu um desses?
1. Machado de Assis (1839-1908)
Um dos maiores escritores brasileiros, Machado nasceu em 1839 e deixou um legado de obras consagradas, como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Dom Casmurro". Sua escrita é marcada pela ironia e crítica social, abordando temas como amor, traição e decadência da sociedade. O escritor foi o fundador da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente. Além de sua obra literária, Machado tinha algumas curiosidades interessantes. Ele era um ávido leitor, tendo uma biblioteca pessoal com mais de 2.500 livros. Também foi um grande fã de Shakespeare, traduzindo algumas de suas obras para o português.
2. Conceição Evaristo (1946-presente)
Nascida em 1946 em uma favela de Belo Horizonte, Minas Gerais, a escritora brasileira aborda em seus textos questões como racismo, machismo e desigualdade social, dando voz e visibilidade às histórias e experiências do povo negro. Uma das suas obras mais conhecidas é o livro "Ponciá Vicêncio", publicado em 2003, que narra a trajetória de uma mulher negra em busca de sua identidade e liberdade. Além disso, Evaristo também é autora de outros livros, como "Becos da Memória", "Olhos d'água" e "Insubmissas lágrimas de mulheres". Antes de se dedicar inteiramente à escrita, Conceição foi empregada doméstica. Sua experiência como mulher negra e sua vivência nas periferias do Brasil influenciam fortemente sua escrita, tornando-a uma voz fundamental na literatura brasileira contemporânea.
3. Toni Morrison (1931-2019)
Considerada uma das maiores escritoras americanas, Toni Morrison foi a primeira mulher negra a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Toni Morrison, cujo nome de nascimento era Chloe Ardelia Wofford, nasceu em Ohio, nos Estados Unidos. Sua obra é marcada pela exploração de temas como racismo, identidade e memória, com uma escrita poética e profundamente impactante. Além de sua carreira literária, Morrison também trabalhou como editora na Random House, onde foi pioneira na publicação de autores negros. Sua contribuição para a literatura e para a visibilidade das vozes negras é inestimável, tornando-a uma figura icônica da literatura contemporânea. Suas obras, como "Amada" e "O Olho Mais Azul", abordam a experiência negra nos Estados Unidos.
4. Djamila Ribeiro (1980-presente)
Djamila Ribeiro é uma escritora, filósofa e ativista brasileira, nascida em 1980 em Santos, São Paulo. Reconhecida por sua atuação na defesa dos direitos das mulheres negras, ela é autora de obras como "Quem tem medo do feminismo negro?" e "Pequeno manual antirracista". Ribeiro também é colunista de importantes veículos de comunicação e uma voz influente nas discussões sobre raça, gênero e desigualdade no Brasil. Além de seu trabalho como escritora, ela é mestra em Filosofia Política e atua como professora e palestrante. Sua trajetória e contribuição para a literatura e o ativismo são fundamentais para a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
5. Carolina Maria de Jesus (1914-1977)
Com uma história marcada pela superação de adversidades, a escritora viveu em extrema pobreza e foi catadora de papel. Em 1960, seu livro "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada" foi publicado e se tornou um sucesso, sendo traduzido para diversos idiomas. A obra retrata a dura realidade da vida nas favelas, abordando questões como racismo, desigualdade e exclusão social. Carolina Maria de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras a ganhar destaque no cenário literário brasileiro, sendo uma voz importante na luta por justiça social e igualdade.
Gostou? Aproveite para descobrir ainda mais sobre as vozes negras na literatura e toda sua expressividade em celebrar a diversidade e a resistência.
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