É hora de falar sobre mudanças climáticas: descubra seus impactos e causas!
O que podemos fazer e o que já está sendo feito para mitigar as mudanças climáticas? Qual é a importância da transição energética para isso? Descubra já!
Gravação do episódio “É hora de falar sobre mudanças climáticas”, do Podcast Nossa Energia.
As mudanças climáticas já são uma realidade. O que antes parecia algo tão distante agora impacta diretamente o nosso dia a dia. Fenômenos como ondas de calor, secas e enchentes intensificadas são algumas das principais consequências dessa transformação. Para termos uma ideia, de acordo com o relatório anual de clima global do NOAA, o National Centers for Environmental Information, 2023 foi o ano mais quente desde 1976, quando eles começaram a monitorar esses dados!
Mas como entender o que está acontecendo e o que pode ser feito para evitar isso? E como que a ciência pode ser nossa aliada em um momento como esse? Vamos responder a essas e outras dúvidas a partir das falas dos especialistas que participaram do podcast Nossa Energia.
Por que as mudanças climáticas acontecem?
A verdade é que as mudanças climáticas sempre aconteceram no planeta, seja devido a erupções vulcânicas ou a atividades solares mais intensas. Porém, nas últimas décadas, essas mudanças se intensificaram em resposta às atividades humanas que emitem gases de efeito estufa.
“Já está muito evidente que essa mudança que a gente tem observado num curto espaço de tempo já não é mais natural. Atrelado a isso, como você comprova? Você utiliza ferramentas matemáticas. Então, a partir desses modelos matemáticos, a gente consegue fazer simulações, como um químico faz experimentos em laboratório. E aí você consegue colocar a ação humana, tirar a ação humana. Então, essas simulações permitem fazer afirmações com, hoje, 100% de certeza que a ação humana está causando de fato essa mudança nesse curto espaço de tempo.”
Lincoln Alves, Pesquisador Do Instituto Nacional De Pesquisas Espaciais - Inpe
Como as mudanças climáticas afetam o mundo?
Não é incorreto dizer que todos os países já estão sentindo os impactos da mudança do clima, mas esses efeitos não são uniformes. Em algumas regiões do mundo, os impactos são mais intensos, enquanto em outras, os países lidam com a escassez de recursos para enfrentá-los.
“Os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento já conseguem perceber desde impactos secundários, às vezes uma quebra na safra, às vezes um período de estiagem um pouco mais prolongado, até eventos extremos. Furacões que estão cada vez mais intensos, chuvas, invernos mais rigorosos. Então, claro que os países mais pobres, os países que já possuem uma população vulnerabilizada por questões sociais, lacunas de várias políticas públicas, esses são aqueles que estão tendo mais dificuldade de enfrentar esses eventos e são os que estão sentindo mais. Mas, todos estão sentindo [os impactos] nesse momento.”
Ana Carolina Câmara, diretora do ProAdapta
Ela também aponta outros impactos negativos das mudanças climáticas que já estão presentes no nosso dia a dia, como um índice maior de brigas no trânsito e violência doméstica nos dias mais quentes; ou o aumento no preço de alimentos como chocolate e cerveja.
Qual é a importância da transição energética para reduzir as mudanças climáticas?
Uma transição energética para fontes mais sustentáveis é indispensável para mitigar as mudanças climáticas. Essa transição envolve a substituição de fontes tradicionais de energia, como petróleo e carvão, por alternativas mais limpas, como solar, eólica e hidrelétrica. Clarisse Kaufmann, Engenheira de Meio Ambiente da Petrobras, explicou a importância dessa mudança para o futuro sustentável:
"Primeiro conceito que é o que a gente mais utiliza, é o conceito da energia renovável. Então, a gente está mudando, transferindo, fazendo um pouco da transição energética dos combustíveis fósseis, que tem uma pegada maior de emissão de gases de efeito estufa, para aquela energia eólica, solar."
Ela também reforça que a transição para fontes renováveis de energia precisa ser feita de maneira gradual. Assim, junto a isso, também precisamos reduzir as emissões de carbono nas operações relacionadas ao petróleo — é o que chamamos de descarbonização.
“A gente tem que estar no mercado, trazendo menor pegada de carbono. São os conceitos da descarbonização, que são as tecnologias que a gente tem de captura e de armazenamento de carbono, que a gente faz. Então, são métodos para que a gente ainda continue trazendo uma longevidade para a parte do petróleo, mas com uma menor pegada, sendo mais competitivo numa sociedade que vai exigir uma energia mais limpa.”
É possível reverter as mudanças climáticas?
A maioria das mudanças climáticas não pode ser revertida, mas elas podem ser mitigadas. Os gases de efeito estufa já foram emitidos e estão na atmosfera, mas, mesmo que os danos sejam significativos, ainda há tempo para tomar medidas que possam reduzir os impactos futuros da crise climática.
“Se a gente parar de emitir agora, a gente consegue diminuir o dano e fazer com que o próprio sistema consiga se equilibrar. Então, assim, a gente precisa trazer essa resiliência para o sistema para que ele possa se acomodar, digamos assim, com essa variabilidade, que é uma variabilidade natural.”
Clarisse Kaufmann, Engenheira de Meio Ambiente da Petrobras
O que a Petrobras está fazendo para mitigar as mudanças climáticas?
Liderar uma transição energética justa e promover a descarbonização estão entre nossos principais compromissos. Para isso, estamos investindo em novas fontes de energia renovável, na descarbonização de nossas operações atuais e em iniciativas para incentivar o crescimento sustentável das regiões em que atuamos.
Como reforçou a Clarisse Kaufmann, estamos “reduzindo as emissões do nosso escopo, que são os escopos um e dois, relacionados à nossa produção, ao nosso processo. E a gente também tem cada vez mais atuado na visão da cadeia de valor. Então, a gente também está fomentando para que toda a nossa cadeia de suprimento também incorpore isso.”
Também acreditamos na importância da colaboração na transição para uma economia de baixo carbono e, por isso, estabelecemos parcerias com outras empresas e a comunidade de ciência, tecnologia e inovação. Leia e descubra mais sobre algumas de nossas iniciativas:
- Temos o maior programa de captura, uso e armazenamento de CO2 do mundo;
- Desenvolvemos produtos de baixo carbono inovadores, como o asfalto sustentável e o Diesel R, com conteúdo renovável;
- Investimos em novas tecnologias, como inteligência artificial e machine learning, para reduzir a pegada de carbono dos nossos processos;
- Criamos iniciativas e parcerias para liderar a transição energética justa.
Quer saber mais sobre a realidade das mudanças climáticas e como podemos evitá-las? Assista ao episódio completo do podcast Nossa Energia:
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