Guia completo sobre Transição Energética
Tire todas as suas dúvidas sobre o que é a Transição Energética e para que serve.
Esse tema tem ganhado força e levantado muitas dúvidas: o que está sendo feito para reduzir emissões? E como o Brasil está se saindo?
Reunimos as respostas em um conteúdo direto e atualizado. Confira!
O que você acha nesta página:
O que é transição energética?
Qual é o objetivo da transição energética?
Como é feita a transição energética?
Por que a transição energética é importante?
E quais são os benefícios da transição energética?
A transição energética pode ajudar a reduzir as mudanças climáticas?
Como a transição energética ocorre no Brasil?
Como anda a transição energética na Europa?
Como a Petrobras está buscando uma transição energética?
E como acelerar a transição energética?
O que é transição energética?
É a troca gradual dos combustíveis fósseis — como petróleo e carvão — por fontes mais limpas, que emitem menos gases de efeito estufa.
A principal aposta está no crescimento das energias renováveis, como a solar e a eólica, de forma justa e acessível.
Mas essa mudança não acontece da noite para o dia. Ainda somos muito dependentes do petróleo, presente em itens do dia a dia como gás de cozinha, gasolina, diesel e até medicamentos.
Mesmo nos cenários mais positivos da Agência Internacional de Energia (AIE), o petróleo seguirá na matriz energética por um bom tempo — ainda que em menor escala.
Entenda mais abaixo:
Trecho do episódio “O que é transição energética justa?”, do podcast Nossa Energia.
Qual é o objetivo da transição energética?
A transição energética tem um objetivo claro: reduzir as emissões de carbono e ajudar a frear as mudanças climáticas.
Esse esforço global está alinhado às metas do Acordo de Paris, firmado por 195 países em 2015.
Na prática, é uma jornada rumo a um futuro mais limpo, sustentável e justo para todos.
Qual a importância e para que serve o Acordo de Paris?
Nele, países se comprometeram a agir contra as mudanças climáticas, buscando limitar o aquecimento global a menos de 2°C — de preferência, abaixo de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.
Essa meta é essencial: acima disso, os impactos ambientais e sociais se tornam mais severos, como secas, inundações e perda de biodiversidade.
Viviana Coelho, nossa gerente executiva de Mudança Climática, explica como o Acordo funciona e por que ele é tão importante.
Trecho do episódio “A batalha contra a mudança climática”, do podcast Nossa Energia.
Como é feita a transição energética?
Ela precisa ser gradual e colaborativa, envolvendo empresas, países e comunidades. Três frentes principais tornam essa transição possível:
1. Descarbonização gradual e eletrificação
- O petróleo ainda será parte da matriz energética global por décadas, mas com menor participação.
- É preciso reduzir as emissões também nos processos de produção de óleo e gás.
- A eletrificação substitui os combustíveis fósseis por energia elétrica — idealmente renovável. Exemplo: carros elétricos que trocam gasolina ou diesel por eletricidade.
- O desafio é ampliar isso para setores como a indústria.
2. Novos produtos de baixo carbono
- Produtos que emitem menos gases de efeito estufa, como os biocombustíveis.
- Biocombustíveis vêm de matéria vegetal ou animal e substituem os fósseis.
- Vantagem: podem usar a infraestrutura já existente, como bombas de combustível.
3. Outras fontes de energia
- As renováveis se regeneram com o tempo e emitem menos carbono. Exemplos: energia eólica offshore e hidrogênio verde (H2V).
- Já estão sendo avaliadas quanto a atratividade econômica, maturidade tecnológica e potenciais benefícios.
- Essa diversificação também fortalece a segurança energética — garantindo energia para todos no futuro.
Por que ela é tão importante?
O planeta está aquecendo — isso é fato. Para garantir um futuro habitável, precisamos reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
A transição energética é um dos caminhos para isso: menos combustíveis fósseis, mais fontes renováveis com baixa ou nenhuma emissão de carbono.
Quais são os seus benefícios?
Mais do que proteger o meio ambiente, a transição energética promove desenvolvimento social, melhora a segurança no fornecimento, reduz custos, impacta positivamente a saúde pública e impulsiona a economia com inovação, novos empregos e ajuda a prevenir crises no setor. Tudo isso com impactos positivos para o planeta — e para quem vive nele. Conheça mais alguns abaixo:
A transição energética pode ajudar a reduzir as mudanças climáticas?
Sim. Ao ampliar o uso de fontes renováveis e aumentar a eficiência dos combustíveis fósseis, através de investimentos e medidas que reduzam e compensem suas emissões, o setor de energia é chave no combate às mudanças climáticas.
A indústria de óleo e gás também tem papel essencial: descarbonizar suas operações, investir em soluções de baixo carbono e garantir energia acessível e confiável. Tudo isso, de forma justa, alinhada aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU e com foco na redução das desigualdades locais, regionais e entre países.
Como a transição energética ocorre no Brasil?
- O Brasil está anos à frente da média global em transição energética.
- A matriz elétrica brasileira é 84% renovável; a matriz energética (que inclui combustíveis) já é 45% renovável.
- Nos últimos 5 anos, o país multiplicou a geração de energia eólica e solar, que hoje supera a geração por gás natural (térmicas ou termoelétricas).
- Enquanto no mundo o setor de energia é o maior emissor de carbono, no Brasil ele é menos poluente, graças ao uso de fontes renováveis.
O país assumiu metas ambiciosas, tais como:
- Reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 48% até 2025 e 50% até 2030 (base: 2005).
- Neutralidade de emissões de carbono até 2050.
- Fim do desmatamento ilegal até 2028.
- Implantação do Plano Clima, com ações integradas do governo e instituições para reduzir as emissões.
O Brasil também avança em marcos regulatórios de fontes renováveis de energia, como:
- Energia eólica offshore.
- Hidrogênio verde.
A transição impõe desafios, mas abre portas e incentivos para novos projetos e grandes investimentos em direção a uma economia de baixo carbono.
Como anda a transição energética na Europa?
Em 2021, os países da União Europeia já se destacavam por emitir menos carbono que a média global — embora ainda mais que o Brasil. Essa intensidade de carbono mede todas as emissões no ciclo energético, da produção ao uso do combustível.
A transição energética europeia é impulsionada por diversas ações, como a precificação do carbono, que cobra de quem ultrapassa os limites de emissões definidos.
“[A precificação de carbono] é uma crença de muitos países europeus, que vão pelo lado da regulação, impondo um custo a quem emitir mais do que o limite dado de acordo com o nível de emissão compatível com as metas assinadas. Mandar a conta, né? Ok, você está emitindo, mas você não está investindo em tecnologias menos emissoras, então você paga por isso.”
Clarissa Lins, sócia-fundadora da consultoria de sustentabilidade Catavento
Como a Petrobras está buscando uma transição energética?
A Petrobras está comprometida com uma transição energética justa, gradual e responsável. Estamos ampliando os investimentos em novas fontes de energia, equilibrando inovação com a produção de petróleo necessária para atender à demanda global.
Em 2023, reforçamos esse compromisso com a criação da Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, que lidera ações de descarbonização, combate às mudanças climáticas, desenvolvimento de novas tecnologias e sustentabilidade.
Saiba mais em: “Liderança na transição energética justa”
E como acelerar a transição energética?
Estamos no caminho certo, mas o ritmo global precisa aumentar. A meta de neutralizar as emissões até 2050 exige ações mais rápidas e eficazes — e a Petrobras já vem alcançando resultados importantes.
Somos membros da Oil and Gas Climate Initiative (OGCI), ao lado de outras nove operadoras mundiais, unindo esforços para ampliar e acelerar a redução das emissões no setor de óleo e gás. Veja como estamos colocando isso em prática.
[A precificação de carbono] é uma crença de muitos países europeus, que vão pelo lado da regulação, impondo um custo a quem emitir mais do que o limite dado de acordo com o nível de emissão compatível com as metas assinadas. Mandar a conta, né? Ok, você está emitindo, mas você não está investindo em tecnologias menos emissoras, então você paga por isso.
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