A descoberta de um campo de petróleo e gás em 5 etapas
Quais os locais mais prováveis para uma descoberta de um campo de petróleo? Qual o melhor ponto para perfurar? Saiba tudo isso e mais!
Da aquisição de blocos à etapa de avaliação, nossas atividades de exploração e produção somam investimentos e tecnologias.
Os campos de petróleo podem estar a mais de 7 mil metros de profundidade. E para descobrir fontes desse óleo, que é formado nas rochas sedimentares, é necessário um esforço que começa bem antes da perfuração do solo.
Quais são os locais mais prováveis para uma descoberta de um campo de petróleo? Qual é o melhor ponto para perfurar? Qual é o volume estimado de óleo? Essas são apenas algumas das questões que precisam ser respondidas na chamada fase de exploração, que é fundamental para garantir a reposição das reservas de petróleo e, consequentemente, a segurança energética do Brasil para os próximos anos. Veja como fazemos isso!
Como é feita a descoberta de um campo de petróleo?
Toda descoberta de um campo de petróleo e gás natural passa por cinco etapas, que somam estudos, investimentos e muita inovação e tecnologia.
Veja, a seguir, como funciona cada uma das etapas de descoberta.
Etapa 1. Aquisição de blocos exploratórios
O processo de descoberta de um campo de petróleo e gás tem início com a definição das áreas consideradas potenciais para as atividades de exploração e produção. Isso é feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a partir da análise de dados relevantes. Com essas informações, a ANP delimita os blocos que serão disponibilizados para as empresas.
No Brasil, a indústria tem três Marcos Regulatórios importantes para quem quer explorar uma área: o de concessão, partilha de produção e cessão onerosa. A partir disso, podemos ir para a próxima fase.
Etapa 2. Estudos da bacia
Após adquirir um bloco, a empresa ou consórcio de empresas analisa a bacia sedimentar para definir o local que tem maior chance de conter petróleo ou gás natural.
Para isso, contamos com o apoio do nosso Centro de Pesquisas (Cenpes) — e de seu corpo técnico com mais de 1.100 doutores, mestres e técnicos especialistas — para desenvolver e aplicar inovações que nos permitam fazer o levantamento e a análise de dados geofísicos e geológicos da região.
Dados geofísicos |
São referentes à estrutura e composição das rochas em camadas profundas, obtidos por métodos de observação indireta, como a análise sísmica. |
Dados geológicos |
São obtidos por meio da observação direta de rochas na superfície ou de amostras retiradas de poços perfurados. |
Duas — das diversas — tecnologias utilizadas nesta etapa são nossos supercomputadores para processar dados de maneira precisa e a sísmica 4D para mapear os reservatórios.
Etapa 3. Perfuração dos poços
A perfuração de um poço é a etapa que demanda maior investimento. Isso porque o processo é feito por meio de uma sonda, que conta com uma coluna de perfuração com uma broca na extremidade, dentre outros equipamentos. As rochas são perfuradas por meio de movimentos de rotação. No mar, podem ser utilizados navios-sonda ou plataformas preparadas para realizar este processo.
Somente nessa etapa pode-se afirmar efetivamente se naquela localidade há petróleo ou gás natural. Quando essa expectativa se confirma, configura-se uma descoberta, que deve ser notificada à ANP num prazo máximo de 72 horas.
Conheça cada um dos tipos de poços de petróleo.
Etapa 4. Plano de avaliação
Na fase de perfuração dos poços, na maioria das vezes ainda não se tem informações suficientes para julgar se a descoberta é viável comercialmente ou não. Desta forma, o consórcio pode solicitar um tempo adicional, negociado com a ANP, para avaliar a nova jazida.
Nesse caso, delimita-se uma área dentro do bloco, aprovada pela Agência, para fazer a avaliação da descoberta. Essa solicitação deve ser concretizada num documento chamado Plano de Avaliação, que contém o programa de trabalho e os investimentos necessários à análise do achado, incluindo possíveis testes.
Etapa 5. Avaliação da descoberta
A avaliação da descoberta consiste na aquisição de novas informações técnicas, seja por meio de sísmicas, perfuração de poços, recolhimento de amostras ou Testes de Longa Duração (TLD). Com esses dados, é feita uma análise técnico-econômica com o intuito de verificar a viabilidade comercial do novo achado.
Caso a empresa ou o consórcio considere que a descoberta é economicamente atrativa, deve efetuar a declaração de comercialidade junto à ANP, apresentando à agência um documento que comprova sua afirmação, que é o relatório final de avaliação de descobertas. Este documento deve conter também a proposta de área a ser retida para desenvolvimento. É nesse momento que se configura um campo de petróleo ou gás natural.
Se a empresa ou consórcio decidir não fazer a declaração de comercialidade de uma descoberta avaliada, a área em questão deve ser integralmente devolvida.
Na sequência da declaração de comercialidade, é feita uma revisão dos contratos junto à ANP. Em seguida, o campo passa para a fase de desenvolvimento, quando serão construídas as instalações necessárias para a produção. A partir daí, teremos um campo produtor.
Qual é a importância da descoberta de novos campos de petróleo?
O Brasil tem todas as condições para ser protagonista global de uma transição energética sustentável, com foco na redução da emissão de gases de efeito estufa. Mas essa mudança não acontece de um dia para o outro.
Sabe-se, hoje, que a descoberta de novos campos de petróleo ainda é fundamental para atender a demanda global de energia e financiar uma transição justa e segura para todas as pessoas.
Diante desse cenário, estamos intensificando nossos investimentos em projetos e produtos de baixo carbono para os próximos anos, alinhados com a exploração e produção descarbonizada de petróleo. E já temos um próximo destino: a Margem Equatorial.
Conheça a Margem Equatorial, uma nova fronteira de exploração da Petrobras.
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