Sociedade

Lugar de mulher é onde ela quiser

Vivemos numa era em que cada vez mais mulheres estão conquistando seu espaço, inclusive em áreas onde historicamente a presença feminina era pequena ou inexistente há algumas décadas

A gente acredita que lugar de mulher é onde ela quiser. Pode ser liderando uma equipe na operação de uma plataforma ou então superando os limites do seu próprio corpo em esportes de alto desempenho. Pode ser ainda empreendendo no setor de inovação ou atuando no terceiro setor. Quatro caminhos diferentes percorridos por mulheres. Cada uma em sua jornada escolhida. E todas servem de inspiração para a gente. Vem conhecer algumas dessas mulheres e se sentir inspirado você também.

Dany Carvalho

 Mulheres como Dany Carvalho, destaque na área de startups, 10 anos fomentando empreendedorismo digital e inovação pelo Brasil. Já apoiou centenas de empreendedores digitais através de diversas iniciativas. Primeira mulher de sua família a cursar uma faculdade, ela se inspirou tanto no empreendedorismo das mulheres de sua família, como suas tias Cláudia, Cecília e Lulu e sua mãe, Dona Zita, quanto em profissionais da sua área, como Renata Horta, fundadora da TroposLab, que também trabalha fomentando inovação e empreendedorismo pelo Brasil.

Hoje, profissional reconhecida num ambiente muitas vezes visto como majoritariamente masculino, ela ressalta o valor dessas referências e o poder da representatividade, além da vontade de contribuir com essas mudanças: “quanto mais alto ou estratégico o cargo, menos mulheres se vê, principalmente mulheres negras como eu. É por isso que nos lugares que passei, criei programas que incentivassem o aumento das mulheres no mercado de empreendedorismo digital”.

Roberta Ferreira Monteiro

Roberta Ferreira Monteiro, supervisora em uma das nossas plataformas, também entende bastante sobre a chegada da mulher em ambientes onde homens costumavam ser a maioria. Profissional da Petrobras desde os 19 anos, considera que ainda existem ambientes nos quais as mulheres precisam fazer um esforço adicional para ser ouvidas e que “Nem todo mundo está preparado para lidar com as diferenças.”E também foi dentro da sua família que Roberta encontrou sua inspiração. “Minha fonte de superação e modelo, certamente é minha mãe - que conseguiu criar, praticamente sozinha, duas mulheres que são hoje formadas e independentes - tendo ela trabalhado em jornada dupla, sem nunca deixar faltar carinho para nós”.

Marcia Ferreira

Também nascida numa família de mulheres fortes, que foram sua maior referência, a assistente social Márcia Ferreira começou sua jornada como babá e teve outros empregos até ser estimulada pela mãe a continuar sua formação acadêmica e iniciar sua jornada pela área social - pela qual se considera uma apaixonada. Hoje, lidera o programa Conectora de Oportunidades, que, com investimento da Petrobras, incuba iniciativas e promoção de oportunidades sociais, educacionais e econômicas.

Além da constante necessidade de se provar no mercado, por ser mulher e negra, Márcia, mãe de 3 filhos, ressalta também a complexidade de lidar simultaneamente com tantos papéis. “Todo profissional precisa sempre estar atualizado, mas, a mulher, ela precisa estar atenta a todas as nuances, lidando com desafios como ser mãe, ser dona de casa e gerenciar projetos, porque na verdade somos multitarefas, e esse desafio continua colocado. Porque você muitas vezes chega em casa exausta e ainda tem uma casa pra cuidar, filhos pra dar atenção, tarefas escolares e você precisa cuidar de tudo isso e ainda estar bem”.

Verônica Hipólito

Já Verônica Hipólito, atleta paralímpica do Time Petrobras, campeã mundial na corrida de 200 metros e dona de duas medalhas paralímpicas, também lamenta que as mulheres ainda sejam tão questionadas, em tudo que fazem, seja direta ou indiretamente. “Você pode ser questionada pelo tamanho da sua roupa, pelos seus gostos, pelo tamanho do seu cabelo, pelo seu corpo, questionada por ser uma mulher. E é isso que infelizmente acontece. Por exemplo, nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, eu tinha acabado de conquistar uma prata, eu era a segunda mulher mais rápida do mundo, e a pergunta que um jornalista me fez foi ‘o seu namorado não vai ficar incomodado com o tamanho do seu short?'"

Mas, numa trajetória em que tantas barreiras já foram superadas, ela garante que não vai se intimidar com as novas que possam surgir. “Já enfrentei vários desafios por ser mulher, sei que vou enfrentar vários outros, mas eu sei que assim como tiveram mulheres gigantes nessa história que conquistaram tantos direitos para nós, eu quero ajudar a conquistar mais direitos, empoderar outras mulheres e meninas, e mostrar que nós merecemos ter direitos iguais”, garante Verônica.
Em comum entre todas essas mulheres, além do talento e do sucesso em suas áreas, está a  vontade de inspirar mais mulheres no caminho para mais conquistas. Para Dany, é muito importante que cada menina “Acredite na mulher que você quer ser no futuro”, enquanto Roberta reforça o valor da persistência: “Não desista! Cada conquista profissional sua é um caminho que se abre para outras mulheres”.

Mensagem essa que Verônica complementa. “Trabalhar duro significa que não vai ser fácil, que muitas vezes você vai acordar cansada, desanimada, achando que não vai dar, mas acredite no seu sonho, acredite na sua meta, acredite naquilo que faz os seus olhos brilharem, e vai pra cima”. Márcia lembra a importância de confiar na própria capacidade: "Acredite em si mesma e não deixe que nada e nem ninguém diga que você não tem capacidade de realizar os sonhos que possui.”


É por acreditar na capacidade de todas as mulheres e na necessidade de que cada vez mais elas estejam representadas e possam servir de inspiração para nós, que parabenizamos cada mulher por sua fibra, vontade e contribuição para um mundo melhor.

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