Por ter surgido assim que os primeiros seres humanos aprenderam a explorar as águas, a natação em mar aberto é uma das modalidades esportivas mais antigas do mundo, estando presente nas primeiras olimpíadas clássicas, realizadas na Grécia Antiga.
Porém, foi apenas no século XIX que as competições começaram a ganhar mais atenção do público, principalmente por feitos extravagantes como o de Matthew Webb, que se tornou, em 1875, o primeiro homem a atravessar a nado o Canal da Mancha.
O feito mais famoso de natação em mar aberto veio, porém, no século seguinte, quando Gertrude Ederle, na época com 19 anos, não apenas se tornou a primeira mulher a nadar essa mesma distância como ainda bateu o recorde do trajeto, em 1926.
A maratona aquática então descende diretamente desses feitos, sendo definida como uma competição de natação em águas abertas, quase sempre em distância acima dos 10 kms, que é o percurso oficial disputado nos Jogos Olímpicos.
Mas mesmo sendo disputada em águas abertas, a maratona aquática exige condições específicas, para a segurança e competitividade dos atletas. A profundidade do percurso, por exemplo, precisa de ser no mínimo 1,40m e a temperatura da água precisa estar entre 16ºC e 31ºC, sendo checada no dia da competição.
A inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos é bem recente. Apenas a partir da edição e 2008, em Pequim, a modalidade foi disputada, apenas na distância de 10 km, para homens e mulheres. Porém estava incluída no programa de natação e apenas em 2016 ela passou a ter status de esporte.
E junto com a maratona aquática, 2008 também marcou a estreia de Ana Marcela, que com apenas 16 anos já obteve um quinto lugar, mas hoje não apenas é a atual medalhista de ouro da modalidade como já conquistou 17 medalhas em campeonatos mundiais e foi oito vezes eleita a melhor atleta do mundo na modalidade.
E o nosso time Petrobras conta não apenas com ela, mas também com outra campeã, a Viviane Jungblut, bronze nos dois últimos Jogos Panamericanos!
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