Inovação

Supercomputadores: quem são, onde habitam e do que se alimentam?

Se na época dos nossos avós computadores ainda pareciam um conceito quase de ficção científica, usados apenas para comandar missões espaciais, proteger dados secretos e ter peças roubadas pelo James Bond, a verdade é que nos dias de hoje eles são parte essencial da vida de muita gente. Você provavelmente trabalha num computador, pede comida através de um computador, assiste filmes num computador, fala com as pessoas através do celular, que – surpresa – hoje em dia nada mais é do que um computador pequenininho na palma da sua mão.

Mas se hoje em dia praticamente tudo é um computador – seu celular é um computador, seu relógio é um computador, sua televisão é um computador – o que seria um supercomputador? Afinal, se os computadores que temos em casa são cada vez mais potentes e realizam cada vez mais operações ao mesmo tempo, o que esses computadores teriam de tão especial assim pra serem chamados de super?

Como assim “super”?
Ao contrário do que alguém poderia pensar, pra ter um supercomputador você não precisa apenas pendurar uma capinha no seu notebook e pronto. O que torna um computador “super” é a imensa capacidade de processamento e a gigantesca memória que ele precisa ter. Se um PC normal tem, por exemplo, 20 gigaflops (sendo “flops” a unidade de potência computacional de uma máquina), um supercomputador pode ter vários petaflops de potência, uma imensa diferença se você levar em conta que um giga representa um bilhão de flops e um peta representa um quatrilhão.
 

Supercomputador Dragão


Complicado pensar em termos de flops? Um exemplo mais prático então: o “Dragão”, o maior supercomputador da América Latina, operado pela Petrobras, tem a capacidade de processamento de quatro milhões de telefones celulares ou cem mil laptops modernos.  Merece ser chamado de super, não merece?

Ok, bacana, mas pra que eles servem?
Ninguém iria montar um computador imenso, que precisou de 10 caminhões para ser transportado e que, se instalado em uma fileira única, seria do tamanho de duas baleias-jubarte apenas para jogar The Sims na resolução máxima, certo? Certíssimo. Supercomputadores como o Dragão são quase sempre direcionados para pesquisas específicas, usando seu alto desempenho e sua capacidade de processar informações numa velocidade incrível para realizar cálculos complexos, que envolvem um volume imenso de dados. 

No caso da Petrobras, são vários supercomputadores que estão entre os maiores do mundo, como por exemplo o Dragão, o Atlas e o Fênix, e são usados para aprimorar a nossa produção de óleo e gás, processando dados geofísicos usados durante a exploração e aumentando a nossa precisão em atividades como, por exemplo, a perfuração de poços. Lembra da sísmica que a gente falou algum tempo atrás? São os supercomputadores que permitem que a gente analise e processe todos esses dados.

Quadro Ilustrativo Sísmica

Além disso, também contribuímos com a nossa capacidade computacional para outras pesquisas, como o Projeto Folding@home, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que realizou importantes descobertas sobre o comportamento do coronavírus no corpo humano, abrindo caminho para desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas. 

Ficou querendo aprender mais? 

Então, pra você entender melhor não apenas como funcionam os supercomputadores como também a sísmica, o pré-sal e outros aspectos da ciência do óleo e gás, acompanhe nossos conteúdos sobre tecnologia e inovação aqui

E para saber mais sobre os supercomputadores, assista ao novo episódio do canal Manual do Mundo:

Supercomputadores
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