Um reality show do fundo do mar — mas sem eliminar ninguém!
Enguia pelicano, coral de 4 mil anos e até um tubarão dorminhoco. Conheça o projeto que mapeia a biodiversidade marinha e registra a vida das espécies.

Imagem do coral bambu captada pelo nosso Núcleo de Avaliação Ambiental de Imagens Marinhas.
Acompanhar todos os detalhes da rotina de uma turminha do barulho, que apronta todas, onde até tem briga por comida, mas ninguém vai ser colocado pra fora da casa. Ah, tudo isso acontecendo no fundo do oceano, e com o objetivo de preservar a vida marinha.
É esse o trabalho do nosso Núcleo de Avaliação Ambiental de Imagens Marinhas, que trabalha não só para que nossas atividades de exploração e produção tenham o menor impacto possível, ocorrendo em áreas menos habitadas do fundo do mar, mas também realizando importantes registros da vida submarina, que estão contribuindo muito para a ciência brasileira, através do registro desses ecossistemas submarinos.
O que é o Núcleo de Avaliação Ambiental de Imagens Marinhas?
Criado em 2015, o Núcleo tem como objetivo reunir informações ambientais que ajudem a proteger o ecossistema submarino, garantindo que nossas operações evitem as áreas de população marinha — incluindo projetos do porte da Margem Equatorial e de descomissionamento, além de gerar dados fundamentais para conseguir licenças ambientais de projetos e atendimento a condicionantes do Ibama. Para isso, ele captura imagens da fauna e da flora do fundo do mar utilizando embarcações do tipo RSV (ROV Support Vessel), que possuem um veículo operado remotamente para filmagem.
Mas ainda que as câmeras estejam ali, o espaço é bem maior do que qualquer casa vigiada ou fazenda: nos últimos 10 anos já foram mapeados cerca de 223 km², o equivalente ao tamanho do município de João Pessoa (PB), gerando informações que contribuem para nossas atividades, mas também registraram a presença de alguns moradores bem especiais, aumentando o conhecimento sobre a riqueza e sensibilidade do meio ambiente marinho para sociedade.
Quais espécies foram registradas pelo projeto?
Com "sobrenome" de ave, mas comum só nas profundezas do oceano, entre 500 e 3000 metros, sem escamas e quase incapaz de enxergar, a enguia pelicano (Eurypharynx pelecanoides) é um animal raramente avistado, o que torna ainda mais importante sua aparição diante das câmeras do núcleo, permitindo que os cientistas brasileiros ampliem seus conhecimentos sobre esse animal. Assim como o coral bambu (Onkoisis magnifica), que nunca havia sido identificado vivo e em seu habitat natural, antes encontrado apenas em fragmentos, mas também registrado em imagens pelo núcleo.
Outra espécie importante filmada pelo projeto, o coral negro (Leiopathes) chama atenção não pela raridade, mas pela longevidade: capazes de viver impressionantes 4 mil anos de idade, conseguem formar verdadeiras cidades submersas, testemunhando e guardando a história dos oceanos ao longo dos séculos.
Também chamam atenção as aparições do tubarão dorminhoco (Somniosus antarcticus), uma espécie normalmente encontrada apenas em regiões frias, e que apareceu bem longe de casa, despertando a curiosidade dos cientistas.
Por que é importante monitorar a biodiversidade marinha?
O monitoramento do Núcleo de Avaliação Ambiental de Imagens Marinhas tem gerado ganhos relacionados a redução de impactos ambientais de operações de instalação e remoção de estruturas submarinas, permitindo saber quais áreas são mais ou menos habitadas e atuar de acordo. Isso sem contar a identificação de novas espécies, já que o núcleo atua em todas as bacias marítimas com presença da Petrobras.
Atualmente, o projeto conta com cerca de 50 profissionais, divididos em equipes de alto-mar que fazem o levantamento de imagens a até 3 mil metros de profundidade e as de terra, que realizam planejamento, interpretação de informações e elaboração de relatórios.
Mais do que uma forma de dar aquela espiadinha no fundo do mar, projetos como este estão alinhados aos nossos valores, especialmente sustentabilidade e inovação, e são parte do nosso compromisso com a segurança das operações e com a contribuição da empresa para a sociedade, usando tecnologia para sempre ser uma empresa que opera de maneira sustentável, garantindo a energia que o Brasil precisa.
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