Inovação

Nem magia e nem visão de raio-x: conheça a sísmica 4d que permite enxergar além do fundo do mar

Desde a super visão do Super-Homem até a espada justiceira dos Thundercats, são muitas as representações na ficção da vontade do ser humano de conseguir ver mais longe e melhor. Imagine conseguir enxergar através da matéria ou ver para além fundo do mar, conseguindo distinguir coisas a mais de 7 mil metros de profundidade. Se você achou isso fascinante, então vai ficar bem impressionado com ela, a sísmica 4D.

 

Menos super visão e mais super audição

Ainda que seja usada para enxergar através de água, pedras e até camadas de sal, a ideia por trás da sísmica tem muito menos a ver com a visão de raio-x do Super-Homem e muito mais com o sentido de ultrassom do Demolidor – ou de um morcego normal - que permite que, com sua audição acima da média, o herói possa localizar as coisas apenas pela maneira como o som “rebate” no ambiente ao seu redor.

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Porque afinal, é mais ou menos assim que funciona um ultrassom, até mesmo aquele usado em consultórios médicos para conferir a saúde dos bebês: um tipo específico de onda sonora, capaz de atravessar objetos sólidos, é enviado numa direção e, de acordo com o “eco” que ela gera ao ser refletido em alguma superfície, é possível criar uma espécie de imagem, entendendo não apenas onde cada coisa está mas também do que aquela superfície é feita.

Mas como assim sísmica? E por que 4D?

A sísmica nasce então da união entre o infrassom – uma versão mais lenta do ultrassom, que serve bem melhor para ver o que está debaixo do chão – e do sismógrafo, aquela ferramenta utilizada para medir e registrar tremores de terra, e hoje na Petrobras é uma ciência tão bem desenvolvida que permite que a gente consiga encontrar óleo e gás num litoral com mais de 3,5 milhões de km², uma área maior do que a Índia, pra você ter ideia.

E de que maneira isso acontece? De maneira resumida, o processo funciona com um navio na superfície da água que gera o infrassom, atirando aquelas ondas capazes de atravessar objetos na direção do fundo do oceano. Quando essas ondas chegam lá, uma parte vai “refletir”, batendo e voltando na direção do navio, enquanto outra parte vai atravessar em direção a camadas mais fundas. Dessa parte que atravessou, uma parte vai bater e voltar na próxima camada de terra, enquanto outra vai atravessar, e assim sucessivamente. Conforme todas essas ondas vão retornando ao navio, é possível calcular, pelo tempo que elas demoraram, a profundidade de cada camada e do que provavelmente ela é feita.

Já o 4D é porque, após a captação das linhas sísmicas em 2D, até o fim dos anos 80 e a evolução para o formato 3D, desenvolvido na Bacia de Campos logo depois, conseguimos trabalhar com mais uma dimensão, que é o tempo, ao comparar duas imagens obtidas em momentos diferentes, para identificar as mudanças que possam ter ocorrido no local e que sinalizariam, por exemplo, movimentações de reservas de óleo e gás.

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Incrível, não é?

Essa é apenas uma das muitas tecnologias incríveis que a gente desenvolveu na Petrobras para seguir a nossa busca por oferecer ao mundo a energia que ele precisa. E foi pra mostrar todo esse trabalho pra vocês que a gente entrou numa parceria com o Manual do Mundo, que é especialista em explicar e demonstrar dos jeitos mais bacanas as tecnologias mais complexas. 

Então, para entender melhor não só a sísmica 4D, como também aprender sobre o pré-sal e outros aspectos da ciência do óleo e gás, acompanhe este episódio especial:

Como achar petróleo debaixo do mar?
#Tecnologia #mar #Inovação
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