Imagine poder testar suas ideias antes de colocar em prática, para só fazer o que fosse realmente dar certo. Não sabe se vai chegar mais rápido indo de metrô ou de carro? Você simula os dois jeitos, num cenário totalmente realista, e só aí sai de casa. A receita pede manteiga, você só tem margarina e está com preguiça de sair pra comprar? Prepara uma versão virtual do bolo, vê como ficou, e só aí você decide. Quer contar uma piada pro seu sogro mas tem medo dele achar tão ruim que vai pedir pra sua namorada nunca mais te ver? Imagine poder primeiro testar com um sogro digital, sem riscos de prejudicar sua relação por conta de um trocadilho.

E é mais ou menos pra isso que servem os Digital Twins, simulações virtuais extremamente fiéis a realidade, utilizadas para que você possa testar as mais variadas ideias e descobrir se elas vão dar certo ou não sem precisar arcar com os custos e consequências que esses testes teriam na “vida real”.

Mas como isso ajuda as empresas?

Se um digital twin ajudaria a minha vida e a sua, imagine os impactos que essa técnica não pode ter numa grande empresa. Afinal, com esse tipo de simulação uma companhia pode testar inovações de maneira controlada antes que elas sejam implementadas na prática, realizar vários testes num período relativamente curto de tempo e ainda acompanhar em tempo real os resultados de cada processo.

Além disso, o digital twin permite prever rotas mais eficientes para processos – mais ou menos como um aplicativo de transporte no seu celular sugere o caminho mais rápido até o seu destino – além da simulação virtual permitir que se economize custos reais e oferecer um ambiente colaborativo onde uma possibilidade que está sendo testada agora pode gerar insumos para uma solução futura que talvez ainda nem tenha sido imaginada. 

E a Petrobras não poderia ficar fora dessa, claro

Na nossa companhia, por exemplo, essa técnica vem sendo usada para criar versões digitais das refinarias, simulando diversos cenários antes que eles ocorram na prática e gerando ganhos de rentabilidade e otimização que, apenas no ano passado, já representaram mais de 200 milhões de dólares.

Mas nós ainda queremos mais. A nossa ideia é avançar com a implementação da inteligência artificial, evoluindo para a otimização autônoma, ou seja, um “smart twin”, em que a simulação dos dados da planta permita que o gêmeo digital otimize resultados em um prazo ainda mais curto e até mesmo atue por conta própria, tomando decisões para chegar ao melhor resultado possível.
 

E com modelos cada vez mais precisos, podemos garantir que cada refinaria funcione da melhor maneira possível, com o resultado mais positivo. Para comparar, é como se não apenas fosse possível descobrir, antes da viagem, se é melhor ir de metrô ou de carro, mas também qual a melhor rota, o melhor horário pra sair de casa e poder até mesmo deixar o carro se dirigir sozinho até o destino. 

Ficou querendo aprender mais? 

Essa é apenas uma das muitas tecnologias incríveis que a gente utiliza na Petrobras para seguir a nossa busca por oferecer ao mundo a energia que ele precisa. E foi pra mostrar todo esse trabalho pra vocês que a gente entrou numa parceria com o Manual do Mundo, que é especialista em explicar e demonstrar dos jeitos mais bacanas as tecnologias mais complexas. 

Então, pra entender melhor não apenas como funciona um digital twin, mas também o que são super-computadores, como funciona uma sísmica, e onde fica o pré-sal, é só conferir o mais novo vídeo deles – e também assistir os anteriores, que ficaram muito legais.